sábado, 30 de maio de 2009

Wilson Diniz: Crivella e Garotinho

Acordo com Garotinho facilita disputa de Crivella pelo Senado

Professor e economista

Rio - O senador e bispo da Igreja Universal do Reino de Deus Marcelo Crivella, filiado ao PRB, pode se considerar eleito na corrida sucessória para eleições de 2010 para o Senado. Os eleitores do nicho evangélico, no pleito de 2002, depositaram nas urnas 17% dos votos da capital e outros 33 municípios de médio e pequeno porte deram a vitória ao bispo.
A outra vaga para o Senado deve ser disputada por Fernando Gabeira (PV), Jandira Feghali (PC do B), Lindberg Farias (PT) e Jorge Picciani (PMDB). A sucessão para o Senado é muito complicada para esses postulantes, depois que o ex-governador Anthony Garotinho, após a quinta mudança partidária, desembarca na sigla do PR para concorrer ao governo do estado contra o governador Sérgio Cabral, em parceria com o bispo e com o sistema Record.
O ex-governador Garotinho, vitorioso na sua trajetória política no estado, com dois governos, tornou-se um cacique do clã político tradicional da política brasileira por falta de novas lideranças no universo nacional e no estado, depois de Leonel Brizola.
Anthony Garotinho, sem espaço no PMDB, foi obrigado a se transferir para o PR. Seu estilo belicoso de comunicador fulmina os adversários. Parece o Demóstenes, o orador grego. Transforma a notícia e fatos na sua versão, que convence o eleitorado e nocauteia o adversário.
No debate contra Cesar Maia, na Band, destruiu os argumentos do candidato preparado do conservadorismo político do Rio de Janeiro. No debate da Globo, bailou sozinho. Venceu as eleições. Crivella e Garotinho merecem cautela, tática e ataque.

O DIA ONLINE

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