quinta-feira, 28 de maio de 2009

Ministério da Saúde alerta para aumento de ataques de escorpiões no Rio

 

Espécie mais perigosa, o escorpião amarelo, predomina na Rio.
Desmatamento é um dos motivos do crescimento da espécie, diz biólogo.

Do G1, no Rio, com informações do Bom Dia Rio

O Ministério da Saúde alerta para o crescimento de espécies mais perigosas de escorpião – o escorpião amarelo - em áreas urbanas do Rio. Em dois meses, segundo o biólogo Cláudio Maurício Souza, foram capturados 200 escorpiões, em quintais e até mesmo em armários dentro de casa. Segundo ele o desmatamento é a principal causa deste crescimento. 

A picada do escorpião amarelo pode levar à morte. O veneno ataca o pulmão da vítima provocando uma produção excessiva de líquido, segundo dados do ministério.
“Primeiro o desmatamento que propiciou este animal se espalhar pelo estado do Rio de Janeiro, e depois o crescimento desordenado das cidades, aonde na periferia dos grandes centros, a gente encontra mais deste animal”, explica o biólogo.

Veja reportagem do Bom Dia Rio

De acordo com o ministério, a elevação do número de escorpiões nas grandes cidades não é um privilégio do Rio. Os últimos dados mostram que entre 2000 e 2006, o número de ataques praticamente dobrou no país.

Esta é uma das épocas do ano que mais preocupam os especialistas, por duas razões: primeiro é que com a proximidade do inverno, o ciclo de reprodução dos escorpiões fica maior. O segundo motivo é que com as constantes alterações de temperatura ao longo de um dia, eles são forçados a procurar abrigo, normalmente, dentro das casas.

Esconderijo escuro e úmido

É em um ambiente assim que os bichos passam a maior parte do tempo escondidos, em lugares escuros e úmidos. Segundo os técnicos do Instituto Vital Brazil, os pontos preferidos são: quintais com mato alto, com lixo acumulado, as caixas de gordura e onde há material de construção empilhado.

Quando migram para o interior das casas os esconderijos são sapatos, casacos e roupas de cama. O Vital Brazil é um dos três do país que produzem o soro contra a picada de escorpião. Por ano, são 15 mil ampolas. Os especialistas recomendam alguns cuidados com a casa e o quintal que podem afastar estes animais.
“As medidas preventivas elas se concentram principalmente na correção ambiental, eliminando os micros ambientes onde esses animais vivem, procurando manter os terrenos e quintais o mais limpo possível, evitando acúmulo de material dentro de casa, controlar os insetos domésticos, acabar os focos de umidade”, alerta o biólogo Cláudio Maurício Souza.
Outras informações sobre escorpiões e os primeiros socorros em caso de uma picada no telefone 2711-9223.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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