quinta-feira, 28 de maio de 2009

‘Fui surpreendido’, diz DJ Marlboro sobre acusação de pedofilia

Artista é acusado pela família de uma menina de 4 anos.
Processo tramita na 21ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

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DJ Marlboro se declara surpreso com divulgação do caso (Foto: Reprodução TV Globo)

O DJ Marlboro é acusado de pedofilia num processo que corre na 21ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Ele se declara disposto a processar os pais da criança por danos morais, assim que se livrar do processo por atentado violento ao pudor e corrupção de menores.

Em entrevista ao jornal "Extra", a mãe da menina declara que um ideal de infância foi destruído depois que a filha passou uns dias no Rio de Janeiro em companhia da madrinha e do namorado dela, o DJ Marlboro, que se defende:

“Fui surpreendido, há dez meses, com uma invasão da polícia em minha casa para apreender meus computadores. Depois soube qual era a acusação, absurda e sem fundamento”, diz ele. Marlboro conta ainda que, na ocasião, descobriu que seus telefones estavam grampeados.

Segundo o relato da mãe no "Extra", a menina voltou de uma viagem em companhia da madrinha bastante amedrontada, encolhida e angustiada. A mãe da criança conta que a menina de apenas 4 anos passou a ter um comportamento marcado por referências sexuais, passou a ser agressiva, assustada e demonstrar medo. Ela ainda conta que a filha chorava e pedia ajuda durante a viagem e relatou a psicólogas a história do abuso.

O DJ Marlboro - cujo nome é Fernando Luiz Mattos da Matta Luiz - contou ao G1 que o processo só se tornou público agora porque os pais estariam se sentindo fragilizados com os rumos da ação na Justiça. “Saiu o laudo das máquinas, saiu o laudo da menina, do Instituto Médico Legal, dizendo que ela está intacta, e a avaliação da psicóloga dizendo que, no vídeo em que ela aparece conversando com a mãe, está sendo induzida. Eles viram que, na Justiça, eu estava saindo dos bancos dos réus e eles entrando”, afirma.
O advogado da família da criança, Alexandre Corrêa, não quis comentar resultados de laudos ou materiais existentes no processo. Mas afirmou que os relatos dela começaram cerca de 10 dias após a menina, que mora em Belo Horizonte, voltar de férias ao Rio. Os depoimentos, conta ele, seriam seguidos de crises de choro e comportamento arredio, sobretudo com homens.

Versões dos encontros

Além de Marlboro, a madrinha da menina, que seria namorada do DJ, também é acusada. Segundo o artista, os dois são amigos, já trabalharam juntos, mas nunca namoraram. O primeiro contato com a criança teria se dado quando o DJ deu carona a ela e à madrinha, do aeroporto para casa. Depois, os dois só teriam se visto mais uma vez.

“A menina ficou 10 dias no Rio e só 20 minutos comigo. Ela entrou na minha casa, eu estava no computador e lá fiquei. A madrinha brincou que a afilhada não gostava de funk e respondi que, então, não gostava de mim também. Ironia ou não, ela respondeu: ‘não gostei de você mesmo’”, diz o DJ.

“Pelo relatório da menina, não foi isso que aconteceu”, rebate Corrêa, que alega que os dois teria tido contato várias vezes durante sua estada no Rio. O advogado conta ainda que ela não deverá depor no processo para não ser “revitimizada”.

Marlboro quer ação por danos morais

Se dizendo vítima de uma "grande armação”, Marlboro diz que pretende processar os autores das acusações: “Reparação por danos sempre tem que ter. Qualquer pessoa lesada dessa maneira tem que reagir”.
"É um direito que, constitucionalmente, ele tem", sintetiza Corrêa, que conta que, entre os indícios de trauma da menina estaria o fato de não gostar de tirar a roupa para tomar banho, nem de abraçar ou beijar homens. "Inclusive o próprio pai", diz o advogado dos acusadores.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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