sexta-feira, 29 de maio de 2009

DJ Marlboro alega difamação

Para se defender das acusações de que teria abusado de uma menina de 4 anos, produtor musical afirma que pais da criança estariam induzindo a filha a inventar as denúncias para conseguir vantagens financeiras

Rio - Um dia após vir à tona a acusação de que teria abusado sexualmente de uma menina de 4 anos, o produtor de funk Fernando Luiz Mattos da Matta, o DJ Marlboro, se defendeu. “O que estão fazendo é desespero. Induziram a criança a falar aquelas coisas. Acho que, na verdade, o objetivo era algum tipo de indenização”, disse o DJ a O DIA, criticando os pais da menina. Para mostrar que não tem interesse financeiro, a família da criança pretende anexar ao processo documento abrindo mão de qualquer tipo de indenização.

Foto: Márcio Mercante / Agência O DIA

DJ Marlboro alega que viu a menina apenas duas vezes e que trocaram apenas poucas palavras

O DJ e Junia Fonseca Duarte, madrinha da criança, foram acusados pela família de molestar a menina durante as férias que ela passou na casa de Junia, no Rio, ano passado. Marlboro negou ter namorado Junia, que não foi encontrada para comentar o caso, que corre sob segredo de Justiça.

Revoltado, o pai da criança disse ontem à Band que o pai de Junia, seu irmão, teria oferecido tratamento à vítima em troca da retirada da acusação. “Durante o inquérito, ele me chamou para conversar, para que não entrasse com a queixa-crime. Falei que ninguém vai me calar e que crime não tem acordo. Minha filha está sofrendo”, desabafou o pai.

Ele falou também sobre as mudanças de comportamento da filha. “Desde que voltou, ela nunca mais me deu um abraço ou um beijo. Tem medo de se aproximar de qualquer homem. Isso é normal em uma criança? Estamos sob efeito de remédios, mas tentamos levar uma vida normal. Ela não tem vontade de mais nada, mas temos que mostrar que a vida e as pessoas valem a pena”.

De calúnia e difamação, qualquer um pode ser vítima
DJ MARLBORO, produtor musical

Em nota, a assessoria do DJ se refere à acusação de abuso sexual como “história fabulosa” e afirma que a única prova apresentada pela acusação é um áudio em que a mãe estaria induzindo a filha a falar. A assessoria também alega que não foram achados indícios nos computadores apreendidos, na quebra de sigilo telefônico ou nos exames de corpo delito feito na menor. Segundo a nota, Marlboro só encontrara a menina uma vez. Mas a O DIA o artista disse que esteve com a menina duas vezes.

“Encontrei as duas no aeroporto, quando voltava de Tocantins. Dei carona até a Barra e a menina dormiu no colo da Junia. Três dias depois, Junia ligou e levou a garota à minha casa. Ao chegar, disse: ‘Ih, Fernando, vou avisar que ela não gosta de funk’. Brinquei que, se ela não gostava de funk, também não gostava de mim. A menina confirmou. Ficamos um para cada lado, ela lanchou e foi embora. Foram 20 minutos, no máximo”.

Mãe diz que tentaram afogar a filha

Em entrevista à Band, a mãe detalhou os relatos da filha: “Ela está tendo pesadelos, disse que foi colocada em um quarto escuro, sem comer e que chorava a noite toda. Contou que tentaram afogá-la e que escutou: ‘Deixa ela morrer’. Não quero nem preciso de dinheiro. Tenho que dar dignidade à minha filha. Será que ela vai ser uma pessoa normal quando crescer? Como puderam destruir a vida de uma criança?”.

O DJ se disse surpreendido com a acusação do casal de Minas Gerais. Ontem, chegou a circular informação de que ele processaria a família, mas a assessoria do artista negou. “Quem perde com isso é a criança. Esse caso está em segredo de Justiça e eles não poderiam falar sobre isso”, disse Marlboro.

O advogado da família, Alexandre Corrêa, disse que a menina, que foi acompanhada por psicólogo, manteve a rotina escolar. Ele rebateu as críticas de Marlboro. “Quem tem que saber sobre as provas é a juíza”.

A Justiça determinou ano passado que a criança fosse submetida a exame de uma pscicóloga.

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