Rio - Um dia depois de enterrarem o filho de 4 anos, Josicleide e Osmano Silva somam à tristeza a revolta pela morte de Kaikke. A mãe desmentiu a versão do motorista Felipe de Moura Rego, que disse ter testemunhado o acidente. Segundo ele, ela tropeçou e, por isso, o menino caiu na rua e foi atropelado por ônibus na linha 266 (Cidade de Deus-Rodoviária). Segundo Josicleide, a morte de Kaikke foi causada por negligência do motorista Wagner Sendra, que teria invadido a calçada estreita da Rua Hermengarda, no Méier.
Josicleide e Osmano se emocionam ao relembrar a morte do filho
Ontem, funcionários da Secretaria Municipal de Obras estiveram no local onde Kaikke foi atropelado para avaliar a necessidade de obras no trecho. Ontem, O DIA mostrou que parecer técnico da Secretaria Municipal de Urbanismo já apontava a necessidade de alargamento da calçada na Rua Hermengarda. O órgão, porém, não informou quando o parecer foi elaborado. A vereadora Lucinha (PSDB) informou que vai enviar ofício à secretaria solicitando informações sobre as condições das calçadas no Rio e a data da elaboração do documento.
A polícia espera pelo depoimento de duas mulheres que tentaram socorrer o menino para esclarecer a mecânica da tragédia. Os pais do menino estiveram ontem na delegacia.
Emocionada, Josicleide contou que o filho estava do lado direito (entre ela e o muro da calçada), mas que ele pediu para mudar para o outro lado segundos antes de ser atingido. “A mão dele estava suando, por isso ele passou para esquerda. Mas com certeza estávamos em cima da calçada”, afirmou a dona de casa, que procura as duas testemunhas. Os pais do garoto também negam que a Viação Redentor esteja prestando apoio à família.
O delegado pediu para quem tiver informações sobre o acidente entrar em contato com a delegacia no telefone 2332-0209.
Nenhum comentário:
Postar um comentário