quinta-feira, 14 de maio de 2009

PF desarticula quadrilha que fornecia drogas para o Complexo do Alemão

 

 

Foto: DivulgaçãoCarro com fundo falso, usado para transportar a droga. | Foto: Divulgação PF

Rio - A Polícia Federal desarticulou nesta quinta-feira uma quadrilha que agia em São Paulo e Mato Grosso do Sul e era responsável por vender carregamentos de cocaína e haxixe para a favela Vila Cruzeiro, no Complexo do Alemão, na Penha, Zona Norte do Rio.

O objetivo da Operação Riqueza era cumprir 18 mandados de prisão temporária, sendo 13 na Grande São Paulo e 5 em Campo Grande/MS, além de 33 mandados de busca e apreensão, sendo 14 em São Paulo (SP), 5 em Santo André (SP), 3 em Mauá (SP), 1 em Santa Izabel(SP), 5 em Belo Horizonte (MG) e 5 em Campo Grande (MS). A operação também tenta bloquear 39 contas bancárias sendo 14 de pessoas jurídicas e 25 de pessoas físicas.

No balanço da PF 16 pessoas foram presas. Uma dessas pessoas é uma advogada que atuava em São Paulo e que seria responsável por transmitir recados entre os que estavam presos e do lado externo do presídio. As investigações revelaram ainda que empresas localizadas em Minas Gerais seriam de fachada. Nesse período de nove meses, há estimativa que 300 kg de cocaína foram comercializados, numa movimentação aproximada de R$ 3 milhões.
Os nove meses de investigação possibilitaram detectar a existência de vínculo comercial entre facções criminosas de São Paulo e Rio de Janeiro, operando com o fornecimento, transporte e aquisição das drogas ilícitas.
Durante o tempo das investigações já haviam sido presas 12 pessoas e apreendidos 46 quilos de cocaína, 37 quilos de pasta base, 17 quilos de haxixe, 225 quilos de maconha, diversos apetrechos para refino de droga, bem como 4 quilos de explosivos do tipo C4, 2 pistolas calibre 380, 1 pistola calibre 9mm, 1 revólver calibre 357, 1 revólver calibre 38, farta munição e o desmantelamento de 3 laboratórios de refino de cocaína.
A droga adquirida pelo grupo na cidade de Ponta Porã/MS, fronteira com o Paraguai, vinha em carros com fundo falso para São Paulo/SP e depois reembarcadas para o Rio de Janeiro/RJ, mais precisamente para o Complexo do Alemão, onde eram comercializadas. O lucro advindo do crime era depositado em contas de “laranjas” e empresas de “fachada”, visando ludibriar as autoridades na tentativa de dar uma conotação legal ao mesmo.

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