Cirurgia ocorreu em março no Hospital estadual Getúlio Vargas.
Laudo apontou coágulos no lado esquerdo, mas cirurgia foi feita no direito.
Do G1, no Rio
O neurocirurgião que operou o lado errado do cérebro da dona de casa Verônica Cristina do Rego Barros foi indiciado por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A cirurgia ocorreu em março, quando a paciente procurou o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio, para retirar um coágulo do lado esquerdo do cérebro. O médico acabou operando o lado direito do órgão. A sindicância da Secretaria estadual de Saúde concluiu que houve erro médico.
O advogado da família da vítima, Ricardo Alves, afirmou nesta terça-feira (19) que vai recorrer ao Ministério Público e pedir mudança no tipo de indiciamento. Para Ricardo, o médico deveria ser indiciado por homicídio doloso, pois ele assumiu o risco da cirurgia.
O advogado também vai acrescentar no processo o pedido ao MP, para o indiciamento por homicídio culposo dos outros quatro médicos envolvidos nos exames e laudos da vítima. Os chefes da equipe e do setor de neurocirurgia do Hospital Getúlio Vargas também serão acrescentados nesse pedido.
“Acho que esses médicos devem ser indiciados por omissão, afinal eles sabiam do erro do colega de profissão e não se manifestaram por corporativismo”, afirmou o advogado Ricardo Alves.
Médicos afastados
O neurocirurgião que operou a vítima foi indiciado na última sexta-feira (15). Ele e outro médico, que também participou do atendimento a paciente, estão afastados das suas funções.
O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) instaurou uma sindicância, que corre em sigilo, para apurar a culpa dos médicos na cirurgia. O Cremerj explicou que o setor de processos éticos da instituição deve apresentar o resultado da investigação até março de 2010
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