sexta-feira, 15 de maio de 2009

Depois de Batman, polícia quer prender outros chefes de milícia do Rio

Ex-PM, preso na quarta (13), está no presídio de Campo Grande (MS).
Polícia investiga nomes que constam em lista apreendida durante a prisão.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

Depois da prisão do ex-PM Ricardo Teixeira da Cruz, o Batman, na última quarta-feira (13), a polícia agora quer prender outros chefes de milícia. Batman chegou nesta sexta-feira (15) ao Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul.
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Os investigadores atuam agora em duas frentes: uma busca prender os chefes dos outros grupos de milícia que agem na Zona Oeste do Rio. Eles faturam com a exploração do transporte alternativo e distribuição de gás. De acordo com as investigações, além de Ricardo Batman, outros três suspeitos dividem o comando das milícias na região.
A outra frente de investigação visa descobrir quem são os policiais civis e militares que recebiam propina em troca da proteção de Batman. No casa onde o ex-PM foi preso os investigadores encontraram uma lista com 60 nomes.

As investigações estão sendo mantidas em sigilo.

Envolvidos serão exonerados, diz Cabral

O governador Sérgio Cabral afirmou nesta sexta, durante um evento em Niterói, que policiais de qualquer patente, sejam militares graduados ou delegados, que forem identificados na lista de propina apreendida durante a prisão do miliciano Ricardo Teixeira, o Batman, serão afastados do serviço público.

“Mais do que surpreso, a gente fica triste quando vê um servidor público, seja militar ou civil, envolvido com corrupção e com facínora. Nós estamos investigando e, certamente, nós vamos identificar aqueles que, comprovadamente, tiverem envolvimento com esquema de corrupção, milícia e assassinato em série. Porque esse grupo cometia as piores barbaridades que se pode imaginar. Essas pessoas vão responder criminalmente e serão expulsas do serviço público”, afirmou.
E acrescentou: “Do coronel ao soldado, do delegado de polícia ao agente. Não tem diferenciação hierárquica. Quem estiver na lista comprovadamente envolvido com isso pagará o pato. Responderá criminalmente e será expulso da sua corporação”.
Sérgio Cabral disse ainda que a transferência de Batman para a prisão de Mato Grosso do Sul era necessária. “A transferência foi uma determinação minha e do Mariano (José Mariano Beltrame, secretário de Segurança) e fundamental para mostrar como esse tipo de marginal deve ser tratado".

G1 > Edição Rio de Janeiro

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