sexta-feira, 17 de abril de 2009

Promotora pede destituição de poder dos pais suspeitos de agredir bebê

Promotora classificou o boletim médico da criança como 'assustador'.
Pais foram presos acusados de tortura qualificada por lesão corporal grave.

Do G1, no Rio

A Promotoria de Justiça da Infância e da Juventude da Capital propôs nesta sexta-feira (17) uma ação pedindo a destituição do poder familiar sobre a menina de quatro meses que deu entrada no Hospital Albert Schweitzer, na Zona Oeste do Rio, com fraturas e hematomas pelo corpo. A promotora Luciana Carvalho Youssef, da 6ª Promotoria também vai pedir também a destituição do poder sobre a irmã da vítima, de 5 anos.

Segundo relato de testemunhas, os pais Aldecir Rocha Salazar e Karen de Souza da Silva teriam agredido as meninas. A promotora classificou o boletim médico como "assustador".

"A menor chegou pálida, com diversos hematomas, fraturas e edemas. Antes mesmo de ser transferido, o bebê passou por uma cirurgia e seu estado é gravíssimo. Os elementos que tenho já são suficientes para pedir a destituição do poder familiar. Assim que o bebê sair do hospital deverá ir para um abrigo ou para uma família substituta. Temos que garantir a convivência familiar saudável. Com estes pais elas não ficam mais", afirmou a promotora.

Troca de acusações

Médicos e funcionários da unidade de saúde também ficam chocados com o estado da vítima. Segundo a polícia, o pai acusa a mãe, mas ela diz que foi o pai que espancou a menina. Os dois tiveram a prisão temporária decretada.

O bebê está com a maior parte do corpo engessado. Ele foi transferido ainda na quinta para o CTI pediátrico do Hospital Azevedo Lima, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. O estado da vítima é grave, mas estável.

De acordo com a direção do hospital, a criança foi levada por uma tia, que teria dito no momento da internação que o bebê estava chorando muito, e que a mãe não estava cuidando dela direito.
Os médicos desconfiaram da história e acionaram a polícia. Agentes da 33ª DP (Realengo) foram até a casa da vítima, em Padre Miguel, na Zona Oeste.
Segundo a polícia, parentes e vizinhos disseram durante depoimento que a criança e sua irmã de 5 anos apanhavam com frequência. Com base nos depoimentos e nos exames médicos, a polícia pediu a prisão temporária dos pais. Os dois são acusados de tortura qualificada por lesão corporal grave e podem pegar até 13 anos de prisão.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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