sábado, 11 de abril de 2009

Conheça seus aliados contra a dor do parto

Duvide de tudo o que já disseram e viva o momento sem pânico

 

Pode procurar, não há grávida que tenha passado imune ao medo da dor causada pelo parto. Há até quem tenha sonhado com ela antes mesmo de acontecer e sofra a cada minuto, pensando na intensidade dos calafrios que vão acompanhar a chegada do bebê. "Eu sempre quis ter o Matheus com parto normal, por causa da recuperação mais rápida. Mas, antes disso acontecer, toda semana sonhava que eu desmaiava de dor enquanto ele nascia", conta Roberta Castilho, mãe há oito meses.

A realidade? Ela lembra, agora mais aliviada. "Dói bastante, é verdade. As contrações tiram o fôlego e tem horas que gritar parece a única saída. Mas as dicas do curso de gestante ajudam a se controlar e, sinceramente, doeu bem menos do que eu imaginava".

Atualmente, o parto normal também é feito com anestesia na maioria das vezes, o que ajuda até a diminuir a sua ansiedade. "A anestesia local é aplicada instantes antes do nascimento, enquanto a peridural contínua pode ser instalada no inicio do trabalho de parto", afirma o médico José Luiz Alégo, chefe da ginecologia do Hospital Vila Mariana.

Mas a opção mais usada hoje em dia atende pelo nome de duplo bloqueio. Segundo o especialista, ela traz os benefícios de uma instalação quase imediata (como a local) e um poder de analgesia prolongado, melhorando assim tanto as condições anestésicas do ato cirúrgico como o pós-operatório. E nem mesmo as dores de cabeça perturbam mais, graças ao uso de agulhas extremamente finas para realizar a punção.

Além da anestesia, no entanto, outras medidas reduzem bastante as dores na hora do parto, independentemente do modelo que você e seu médico escolherem. Uma delas é a respiração correta, adaptada ao ritmo de contrações. Além de ficar mais calma, devido à oxigenação adequada do organismo, você contribui para regular a dilatação do colo do útero e, portanto, para que o nascimento do bebê aconteça de maneira mais fácil. "Um corpo bem oxigenado funciona melhor e fazemos questão de lembrar isso durante o trabalho de parto", afirma a enfermeira obstetra Gabriela Sparvoli Cunha, responsável pelo curso de gestantes do Hospital Vila Mariana.

Dar atenção à entrada e saída de ar também é útil contra a ansiedade, inimiga poderosa do parto sem dor. "Como a ansiedade leva a paciente a uma situação de estresse, há mais dificuldade na dilatação. Em casos graves, é preciso até desistir do parto normal e optar pela cesárea", afirma o médico do Hospital Vila Mariana. Nos casos de mais nervosismo, uma ducha de água morna é usada como técnica de relaxamento. "A mulher vai se acalmando e, aos poucos, podemos sugerir outros métodos como o uso da bola suíça embaixo do chuveiro. "É uma bola grande, daquelas usadas na aula de ginástica. A mulher senta-se nela e faz movimentos que estimulam o períneo e a dilatação uterina", explica a enfermeira.

Outra opção para diminuir as dores é manter uma rotina de exercícios físicos durante a gravidez. Se você já treina, basta adaptar o seu programa durante os nove meses. E mulheres com hábitos sedentários devem buscar aulas específicas para gestantes. "As aulas de pilates para grávidas fizeram a diferença na minha segunda gravidez, passei por tudo com mais facilidade do que no parto do meu filho mais velho. A ênfase na respiração foi essencial para lidar com as contrações e minha barriga também se recuperou mais rapidamente da flacidez", diz Marcela Linhares.

O chefe da ginecologia do Hospital Vila Mariana confirma a tese. De acordo com ele, os treinos regulares fortalecem a musculatura perineal e a dilatação acontece de maneira mais rápida e coordenada. Mas ele ressalta: "A dor do parto não tem nada a ver com a experiência. Você pode sofrer mais com o nascimento do caçula, dependendo das condições em que tudo transcorre". De qualquer forma, mesmo com a anestesia de efeito prolongado, o médico alerta que a cesárea continua sendo muito mais dolorida do que o parto normal.

Episiotomia, ainda um drama

O corte é realizado na região do períneo (área muscular entre a vagina e o ânus) em alguns casos de parto normal, com intenção de facilitar a saída do bebê. O desconforto pós-operatório, realmente, incomoda e leva cerca de uma semana para desaparecer ( desde que não ocorra infecção local ou sangramentos na sutura).

Informações anestésicas

O desequilíbrio emocional, muitas vezes, é responsável pelo aumento da dor durante o parto. Contra ele, a enfermeira Gabriela Sparvoli usa algumas informações. Quando o nascimento do bebê está perto, ela lembra as mulheres que...

1. A dor do parto realmente existe e você vai senti-la

2. O seu corpo está preparado para sentir esta dor e, por isso, não é preciso pânico.

Minha Vida

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