sexta-feira, 22 de maio de 2009

Transtorno no Pavão-Pavãozinho durante operação foi inevitável, diz delegado

Segundo a polícia, criminosos usavam armas de grosso calibre.
Foram apreendidos fuzil, metralhadora, pistola e até uma espada.

Aluízio Freire Do G1, no Rio

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Polícia apreendeu espada, armas e drogas durante operação no Pavão-Pavãozinho (Foto: Aluizio Freire / G1)

O pânico e corre-corre provocados pelo intenso tiroteio durante uma operação policial na comunidade Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, nesta sexta-feira (22), não puderam ser evitados durante a ação, segundo o diretor da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), delegado Marcos Castro.
“O ideal é que o cenário não fosse esse. Mas a polícia não pode agir só com flores. Havia informações de naquele local os bandidos estavam com armas de grosso calibre. E constatamos isso. A polícia não pode é deixar de agir, se omitir, e permitir que pessoas inocentes morram nas mãos desses criminosos”, disse o delegado.
A operação, que começou por volta das 9h, quando muitas crianças estavam nos colégios e as ruas da Zona Sul estavam movimentadas, contou com cerca de 100 policiais da Core, Delegacia de Homicídios de Niterói e Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). Os tiros e os rasantes dos helicópteros assustaram também quem estava em casa.

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Três pessoas foram presas durante a ação (Foto: Aluizio Freire / G1)

O objetivo da ação era cumprir mandados de prisão naquela localidade, mas os procurados não foram encontrados. A polícia prendeu três homens e outros três foram mortos na troca de tiros, segundo a polícia.
Como resultado da operação, os policiais apreenderam uma carabina, um fuzil AR15, uma metralhadora, três pistolas, drogas (cocaína, maconha e crack), munição e até uma espada.
Os policiais ainda apreenderam três coletes à prova de bala e uma camiseta preta com estampa similar ao símbolo da tropa de elite da Polícia Militar, o Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais).

Obras do PAC

As obras no Pavão-Pavãozinho do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) foram suspensas assim que o tiroteio começou. A assessoria da Secretaria estadual de Obras informou que os trabalhos vão recomeçar quando a operação terminar.

A Secretaria Municipal de Educação informou que os alunos do CIEP Presidente João Goulart e da Creche Tia Elza, localizados na favela, estão reunidos em uma sala com segurança. Ao todo, 609 crianças estudam nestas duas unidades.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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