O último suspeito de participação no assalto que baleou e deixou tetraplégica a estudante Camila Magalhães Lima, em 1998, Anderson de Oliveira Magalhães, o Bola, foi preso, no fim da noite de sexta-feira, na favela do Jacaré, por policiais da 25ª DP (Engenho Novo). Ele contou aos policiais, informalmente, que tem participação no crime. Bola será apresentado na manhã deste sábado na delegacia.
O caso envolvendo Camila teve grande repercussão e a tragédia gerou muita indignação e comoção da opinião pública. Em 3 de setembro de 1998, a estudante, então com 12 anos, foi atingida no pescoço por uma bala perdida num tiroteio entre seguranças e dois bandidos que assaltaram uma joalheria no Boulevard Vinte e Oito de Setembro, em Vila Isabel. A menina, que saía do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, ia para casa e passava pela Rua Visconde de Abaeté. Ela foi fotografada logo depois de ser baleada, ainda deitada na calçada, sobre uma poça de sangue. A bala alojou-se na coluna, deixando-a tetraplégica.
Após a tragédia, foi formada uma corrente de solidariedade em favor de Camila. Amigos, profissionais de saúde e instituições especializadas em reabilitação passaram ajudar a menina em sua luta para voltar a andar. Dois dos assaltantes foram presos e condenados a nove anos e sete meses. Após um ano de fisioterapia, Camila recuperou os movimentos do tronco e dos braços. Ela recorreu, também, a terapias alternativas como exercício com cavalos e hidroterapia
Com 15 anos, Camila realizou seu maior sonho: estreou como modelo nas passarelas. Ela desfilou numa cadeira de rodas na comemoração do aniversário de um shopping, na Gávea, arrancando aplausos e lágrimas da platéia.
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