terça-feira, 26 de maio de 2009

Por falta de testemunhas, audiência de deputado Babu é cancelada

 

Jorge Babu já foi expulso do PT em janeiro de 2009.
Ele e outras sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público.

Do G1, no Rio

A ausência de duas testemunhas de acusação levou o juiz Luciano Silva Barreto, do Tribunal de Justiça do Rio, a interromper nesta segunda-feira (25) a audiência de instrução e julgamento do processo contra o deputado Jorge Luiz Hauat, o Jorge Babu, e outros sete acusados pelo Ministério Público de participação em milícias na Zona Oeste do Rio.

Iniciado às 11h, o interrogatório foi suspenso após o depoimento de duas pessoas, uma delas o delegado Luiz Alberto de Oliveira, que presidiu o inquérito. A continuação da audiência foi marcada para sexta-feira (29), às 11h.
Uma das testemunhas identificou um fuzileiro naval, dois policiais militares e um bombeiro militar. Ela contou que a empresa em que trabalhava fazendo melhorias de imagem e instalação de cabos, na comunidade de Jardim Guaratiba, conhecida como Favela da Foice, foi tomada por um grupo liderado pelo fuzileiro e um dos PMs.

Deputado nega envolvimento

O delegado afirmou que, através da interceptação telefônica dos acusados, identificou o envolvimento do deputado Jorge Babu. O parlamentar teria sido citado pela dupla durante as conversas telefônicas, dando a entender que tinham de comunicar a ele tudo o que estivesse acontecendo. De acordo com o delegado, o deputado estadual também teria patrocinado uma festa na comunidade.

Em setembro do ano passado, Babu foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro por formação de quadrilha armada e extorsão. Em janeiro de 2009, a Executiva Nacional do PT decidiu expulsar do partido o deputado Jorge Babu, suspeito de ser chefe de milícias que agem na Zona Oeste da capital fluminense.

Na época em que foi expulso do partido, Jorge Babu negou qualquer envolvimento com as milícias e disse que as acusações fazem parte de uma perseguição política.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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