terça-feira, 26 de maio de 2009

Deputado será julgado por morte de médico

 

TJ aceita denúncia contra Geraldo Moreira.
Ele vai responder à ação penal por homicídio triplamente qualificado.

Do G1, no Rio

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O órgão especial do Tribunal de Justiça do Rio aceitou na tarde desta segunda-feira (25) a denúncia do Ministério Público do Rio contra o deputado estadual Geraldo Moreira (PMN). Ele é acusado pelo MP de ser o mandante do assassinato do médico Carlos Alberto Peres Miranda, morto na Tijuca em 14 de março de 2008, quando saía de sua casa.
Geraldo Moreira vai responder à ação penal por homicídio triplamente qualificado - sem defesa para a vítima, motivo torpe e perigo comum. Em seu voto, a relatora do processo, desembargadora Nilza Bitar, aceitou a denúncia do MP. Segundo ela, há indícios de que o denunciado é o mandante do crime. No entanto, a desembargadora negou a qualificadora de perigo comum. De acordo com a magistrada, o fato de o crime ter acontecido em uma rua movimentada, às 8h30 da manhã, não caracterizaria o perigo comum. 
Apesar da argumentação da relatora, os desembargadores decidiram, por 12 votos a 11, aceitar a denúncia na sua integralidade. O desempate ficou nas mãos do presidente do TJRJ, desembargador Luiz Zveiter.

Partilha de bens

O médico assassinado era namorado da ex-mulher do deputado. Segundo a denúncia do MP, Moreira teria mandado matar o médico porque ele estaria influenciando a namorada a não aceitar um acordo sobre uma partilha de bens, na qual estaria incluído um imóvel em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

De acordo com o procurador de justiça Antônio José Campos Moreira, Leandro Rosa da Silva e Ulisses Matheus Costa confessaram o crime e disseram que foram contratados pelo policial militar Marcelo Brasil Gonçalves, que teria amizade com o deputado.
O advogado do deputado informou que seu cliente é inocente. Segundo Nilo Batista, nenhum dos acusados do crime fala no nome do deputado no contrato da execução. Os acusados de execução do médico afirmaram terem sido contratados por três policiais militares e o fato de um deles conhecer o deputado foi suficiente para a polícia abandonar todas as outras linhas de investigação e apontar o deputado como mandante.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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