sábado, 16 de maio de 2009

Polícia fecha cerco a médica

Agentes da 37ª DP apreenderam equipamentos de informática em casa da dona da clínica que realizava lipos sem autorização. Eles vão investigar se as peças são parte de computadores que teriam sido furtados do estabelecimento

POR CAROL MEDEIROS, RIO DE JANEIRO

Rio - O cerco contra a médica Sheila Maria da Silva Pinto Gonzalez se fechou ainda mais ontem. Um dia depois de cumprirem mandado de busca e apreensão na clínica pediátrica Prosilha, na Ilha do Governador, onde a pediatra realizava cirurgias de lipoaspiração sem autorização, foi a vez de a casa de Sheila ser vasculhada por policiais da 37ª DP (Ilha).

 

Foto: Carlo Wrede/Ag O Dia

Agentes da Polícia Civil estiveram em dois endereços no Centro de Nova Iguaçu. No primeiro, foram recebidos pelo marido de Sheila e diretor da Clínica Prosilha, Sérgio Gonzalez, e apreenderam documentos, dois computadores, agendas com nomes de pacientes, prontuários médicos e prescrições com timbre da Clínica Estética e de Cirurgia Plástica Sheila Maria Gonzalez, além de ampolas de medicamentos e testes de alergia.
No segundo endereço, não havia ninguém. De acordo com informações do porteiro do prédio, a família de Sheila mudou-se há mais de um ano. O material recolhido na residência da médica foi levado para a delegacia e será avaliado pela perícia. “Vamos analisar o conteúdo dos CPUs e ver se encontramos outras evidências da prática de cirurgias plásticas. Também vamos cruzar os dados para saber se os computadores podem ser parte dos equipamentos furtados da clínica no início da semana. Estamos investigando todas as possibilidades”, explicou o delegado assistente Fábio Asty, que comandou as buscas.
Ontem, Sheila Gonzalez compareceu à 37ª DP para prestar depoimento. Como no dia anterior, quando esteve na Delegacia de Defraudações, a médica não respondeu às perguntas: só falará em juízo.
Coleção de problemas
A lista de problemas envolvendo Sheila Gonzalez, a Prosilha e a Clínica de Estética Beleza Pura, na Barra, não parou de crescer desde o dia 4, quando foi publicada a primeira matéria por O DIA. Pelo menos 11 pacientes tiveram suas barrigas mutiladas. Elas relatam a falta de equipamentos de emergência, infiltrações e baratas no centro cirúrgico e uso da mesma cânula para sucção de gordura em duas pacientes ao mesmo tempo. A clínica também é acusada de não pagar aluguel e fazer gato de água.

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