segunda-feira, 18 de maio de 2009

Paciente ganha indenização por infecção após implante de silicone

Ela teve infecção por causa de utilização de materiais não esterilizados.
Informação foi divulgada nesta segunda (18) pelo Tribunal de Justiça.

Do G1, no Rio

A Santa Casa de Misericórdia e um médico da equipe cirúrgica do hospital foram condenados pela 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio a pagar uma indenização de R$ 20 mil a uma paciente que teve inflamação nas próteses de silicone. A informação foi divulgada pelo Tribunal de Justiça nesta segunda (18).

A Santa Casa de Misericórdia pode recorrer da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A assessoria do hospital informou que já foi notificada sobre a sentença e que está averiguando o que pode ser feito.

De acordo com a sentença publicada no site do TJ-RJ, exames feitos pela paciente comprovaram que a infecção foi causada por bactérias, que se desenvolveram pela utilização, durante o procedimento cirúrgico, de materiais não esterilizados.

Processo está na Justiça há seis anos

Segundo a autora do processo, em março de 2003, ela se submeteu a uma cirurgia para a retirada das glândulas mamárias e logo após passou por um novo procedimento cirúrgico, o implante de próteses de silicone, para a reconstrução dos seios.

Após a operação, a paciente teria alertado o médico sobre uma secreção que saía dos seios. De acordo com o TJ, o médico teria argumentado na ocasião que esta era uma reação natural do organismo, e não retirou as próteses de silicone.

Seios reduzidos e deformados

A paciente afirmou que a demora para a retirada das próteses agravou o quadro de infecção. Ela teve que passar por uma nova cirurgia para controlar a necrose do tecido e para retirar os implantes dos seios, que acabaram ficando reduzidos e deformados.

O relator do processo, o desembargador André Andrade, escreveu na sentença que “a responsabilidade médica se estende ao período pós-operatório, e o médico, ao realizar as consultas, mesmo diante das queixas e do quadro clínico da paciente, não agiu com a aptidão esperada, diagnosticando e tratando eficientemente a infecção”.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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