segunda-feira, 25 de maio de 2009

A Guarda contra o crime

O Globo

RIO - A Guarda Municipal do Rio terá suas funções ampliadas e passará a reprimir pequenos delitos com o uso de armas não letais, informam Selma Schmidt, Renato Grandelle e Rogério Daflon em reportagem publicada nesta segunda-feira pelo GLOBO. A estreia da Guarda nas novas funções está marcada para a segunda quinzena de junho nas ruas do Leme, Zona Sul da cidade, onde as favelas da Babilônia e do Chapéu Mangueira já são alvos de ocupação pacificadora da polícia.

O prefeito Eduardo Paes e o secretário especial de Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, apresentam a tropa de 40 homens que vai atuar no bairro nesta segunda. Os agentes vão estar presentes nas ruas durante as 24 horas do dia, a fim de liberar a Polícia Militar para agir contra crimes de maior complexidade.

Os 40 homens serão distribuídos por turnos. Eles farão um curso de capacitação, para fazer um trabalho ostensivo e complementar ao da PM, que não deixará de atender as ruas do Leme. Eventualmente, os guardas poderão usar a força de forma controlada. Estarão equipados com armas que disparam projéteis de borracha e emitem descargas elétricas (os "tasers", que emitem ondas elétricas para paralisar uma pessoa), além de gás pimenta. Eu e o prefeito somos contra o uso de armas de fogo pela Guarda - explica Bethlem.

Segundo o secretário, as próximas áreas que receberão o novo projeto da Guarda Municipal ainda não estão escolhidas. Bethlem acha possível, no entanto, implantá-lo em vias próximas ao Morro Dona Marta e à Cidade de Deus, onde estão já estão funcionando Unidades de Polícia Pacificadora (UPP). A proximidade da Avenida Brasil, diz Bethlem, inviabiliza que o projeto da Guarda seja levado para a Favela do Batan, em Realengo, que também tem uma UPP. O número de guardas que atuarão nessas áreas não está definido. O secretário informou que parte dos 3.500 guardas selecionados em recente concurso deverá ser aproveitada.

Extra Online

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