quinta-feira, 14 de maio de 2009

Cúpula da PM do Distrito Federal é exonerada

O Ministério Público encontrou contratos sem licitação, sem tabelas de preços ou registros das contas. Só no ano passado, a despesa da PM com serviços mecânicos chegou a R$ 29 milhões.

 

Os comandantes da Polícia Militar do Distrito Federal perderam os cargos nesta quinta. Uma investigação revelou indícios de desvio de dinheiro da PM.
O quebra-sol de uma caminhonete custa R$ 110. Mas, segundo o Ministério Público, a Polícia Militar de Brasília pagou pela revisão e troca do acessório R$ 20 mil e, pelo conserto da embreagem, R$ 11 mil.
Um kit completo da embreagem, com disco, platô e rolamento, não chega a R$ 1,3 mil. A PM também desembolsou R$ 1 milhão no semestre passado pela revisão de 56 caminhonetes novinhas, ainda cobertas pela garantia. Tudo justificado com notas frias.
“Isso é falta de seriedade. Repetiam-se as expressões "serviços mecânico elétrico e tapeçaria". Três dias depois "serviços mecânico, elétrico e tapeçaria". Três dias depois "serviços mecânico, elétrico e tapeçaria". Três notas fiscais diferentes para um serviço prestado numa mesma viatura no período que ela estava trabalhando”, disse Mauro Faria de Lima, promotor militar.
O Ministério Público encontrou contratos sem licitação, sem tabelas de preços ou registros das contas. Só no ano passado a despesa com esses serviços chegou a R$ 29 milhões.
O promotor militar denunciou o comandante da PM, cinco oficiais e um sargento por crime de peculato, desvio de dinheiro público em favor de terceiros e pediu a prisão preventiva do comandante e mais dois oficiais para evitar que destruam provas. Diante do escândalo, o governador José Roberto Arruda exonerou toda a cúpula da polícia.

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