terça-feira, 12 de maio de 2009

PM envolvido na morte de Daniel Duque será julgado novamente

Policial acusado de disparar contra jovem enfrentará novo Tribunal do Júri.
Crime ocorreu na porta de uma boate em Ipanema, na Zona Sul do Rio.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

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Daniel Duque foi assassinado em junho de 2008 na porta de uma boate na Zona Sul do Rio (Foto: reprodução/TV Globo)

A  3ª Câmara Criminal do Rio decidiu nesta terça-feira (12) que o Policial Militar Marcos Parreira do Carmo, acusado de ter feito os disparos que mataram o jovem Daniel Duque no dia 28 de junho de 2008, em frente a uma boate em Ipanema, Zona Sul do Rio, será julgado novamente.

A decisão veio após a Câmara analisar o recurso da família da vítima, que recorreu contra a absolvição do PM, ocorrida no ano passado.  Segundo o Tribunal da Justiça, na ocasião, o júri entendeu que o tiro disparado pelo PM foi acidental.

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Testemunhas viram o crime

No julgamento realizado no ano passado, o juiz Sidney Rosa da Silva ouviu nove testemunhas, sendo cinco de acusação e quatro de defesa. O último a ser ouvido, o vendedor de balas Valdemir Ferreira Pinto, que trabalha em frente à boate, afirmou ter presenciado o crime.

“Daniel partiu para cima do policial e tentou tomar sua arma”, contou. Valdemir ratificou o depoimento de Marcos Parreira e disse ter ouvido dois tiros disparados para o alto.

Além do vendedor, o corpo de jurados, composto por cinco mulheres e dois homens, ouviu ainda os depoimentos de Bruno Monteiro Leite, Gustavo Neves Lacerda Melo, Marcelo Augusto Trevisan, Aloísio Barbosa Viana Filho, Fabiana Vasconcelos Neves, o policial militar Marcílio Faria da Costa, o major da PM Frederike Minervine Bassani e o policial civil Demétrio Abdennur Farah Neto.

Amigo admitiu ter bebido

O estudante Gustavo Neves Lacerda Melo, amigo de Daniel Duque, admitiu que bebeu na noite do crime, mas disse que o policial militar Marcos Parreira do Carmo o ameaçou com uma arma antes de disparar contra Daniel.

Os amigos de Daniel afirmam que foram provocados por um grupo de rapazes amigos de Velasco e que, em seguida, o PM teria sacado a arma e atirado três vezes.

Antes do estudante, o juiz ouviu Bruno Monteiro Leite, que durante a briga pediu a ajuda a Pedro Velasco. Ele disse que foi ameaçado de agressão pelo grupo de Daniel Duque ainda dentro da boate.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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