quinta-feira, 7 de maio de 2009

Motorista será chamado para dar detalhes sobre morte de cobrador

Vítima, que não reagiu, foi assassinada em assalto ao ônibus, no Fundão.
Delegada espera que passageiros ajudem no reconhecimento da quadrilha.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

O motorista do ônibus assaltado na tarde de terça-feira (5), na Cidade Universitária, na Ilha do Fundão, será chamado novamente a depor. A delegada Valéria de Castro, da 21ª DP (Bonsucesso) espera que ele dê mais detalhes sobre a rota de fuga dos homens armados que assassinaram o cobrador Ubiraci Siquare dos Santos, de 29 anos.
“Ele já prestou depoimento, mas estava muito abalado. Entramos em contato com a empresa de ônibus para ver se ele consegue nos dar mais detalhes que possam ajudar a identificar mais rapidamente os assaltantes”, disse a delegada.
O Disque-Denúncia recebeu uma ligação com informações sobre os suspeitos na manhã desta quinta-feira (7), logo depois da divulgação das imagens do assalto registradas pela câmera de segurança do ônibus. O telefone do Disque-Denúncia para quem tiver alguma pista é o 2253-1177.

A delegada espera também que vítimas do assalto ajudem na identificação da quadrilha.
“Estamos fazendo comparações entre as imagens e as fotos dos registros da Polícia Civil e aguardando a vinda das vítimas do assalto à delegacia para nos ajudar a fazer o reconhecimento dos assaltantes. O depoimento dessas pessoas é muito importante. É uma questão de solidariedade com a família deste trabalhador, que foi morto brutalmente, mesmo sem ter reagido”, disse Valéria de Castro.

Assalto foi início da tarde

Segundo a polícia, por volta das 13h de terça, pelo menos cinco homens armados entraram no ônibus, pagaram a passagem e anunciaram o assalto quando o veículo passava pela Cidade Universitária - como é chamado o campus da Universidade Federal do Rio (UFRJ) da Ilha do Fundão.

Nas imagens, um dos criminosos aparece atirando contra o cobrador Ubiraci Siquare dos Santos, que, segundo a polícia, não tinha reagido. Em seguida, o suspeito coloca um chiclete na lente da câmera do ônibus. Os criminosos fugiram com dinheiro e pertences pessoais dos passageiros.
A vítima ainda foi levada para o Hospital Geral de Bonsucesso, também no subúrbio, mas não resistiu. Segundo a assessoria de imprensa do hospital, Ubiraci foi morto com um tiro no olho esquerdo.

                   Morte em São Gonçalo

Na terça-feira (5), a polícia divulgou imagens de um assalto a um posto de combustível em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio. Pelas imagens, é possível ver o momento em que a jovem de 20 anos, identificada como Angélica Maria de Souza, é atingida com um tiro na cabeça e cai no chão. Ela foi morta mesmo sem reagir ao crime.

                      Série de assaltos

No dia 16 de abril, criminosos invadiram uma sala do curso de nutrição, que fica no subsolo do prédio do Centro de Ciências da Saúde (CCS). Na ocasião, uma professora e quatro alunas tiveram dinheiro e celular roubados. Um suspeito de envolvimento com o crime foi preso.

O prefeito da Cidade Universitária, professor Hélio de Mattos Alves, disse na época do assalto à rádio CBN, que este foi o quarto crime registrado na UFRJ desde 2005. Segundo Mattos, o prédio onde houve o assalto abriga seis mil alunos e tem oito entradas. O local possui segurança própria, mas não há controle de quem entra e sai.
De acordo com ele, a segurança em todo o campus é feita por seis viaturas entre 6 e 23h, além de 19 câmeras ligadas a uma central. A PM também auxilia no patrulhamento. Mattos afirma que 65 mil pessoas circulam pela Cidade Universitária por dia.

              G1 denunciou falta de segurança

Em abril, o G1 denunciou a falta de segurança na Cidade Universitária da UFRJ. Na ocasião, estudantes e profissionais que trabalham no local relataram que sofrem com sequestro-relâmpago.

Durante o mês de março pelo menos três pessoas foram vítimas da ação de uma quadrilha que passou a atuar naquela área.

Na época, Hélio de Mattos, prefeito da Cidade Universitária, contou que no final de março deste ano um estudante foi abordado por dois homens armados quando entrava em seu carro, no estacionamento do Hospital Clementino Fraga Filho. Ele foi obrigado a seguir com os criminosos até um caixa eletrônico para sacar dinheiro. As outras vítimas foram atacadas na semana anterior.

Preocupado com o aumento da violência no campus, que tem sido alvo constante dos assaltantes - roubo e furto de carros, assaltos a pedestres e a ônibus são as ocorrências mais comuns -, o prefeito encaminhou uma carta ao secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, relatando os fatos e pedindo reforço no policiamento.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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