sexta-feira, 17 de julho de 2009

Após morte por nova gripe no Rio, comerciante passa a usar máscara

Moradores da comunidade onde vítima morava estão preocupados.
Equipe de Secretaria de Saúde visita o local para orientar as pessoas.

Aluizio Freire Do G1, no Rio

Foto: Aluizio Freire/G1

A comerciante Francisca Bezerra usa máscara para se proteger (Foto: Aluizio Freire/G1)

Um clima de total preocupação tomou conta dos moradores da comunidade Pedroza, em Del Castilho, onde morava a primeira vítima da nova gripe no Rio.

Precavida, a comerciante Francisca Bezerra, 42 anos, resolveu usar uma máscara para se proteger.

"A gente não sabe o que pode acontecer. Como o nome diz, é a nova gripe. Ninguém sabe de nada. Aqui, a gente tem contato com todo mundo. Principalmente eu, que tenho meu comércio, e vendo hambúrgueres e refrigerantes para o povo todo daqui", disse.

Em busca de informações, moradores que tiveram contato com a vítima queriam saber se teriam se contaminado. Uma equipe da Secretaria de Saúde esteve no local para orientar as pessoas e tirar dúvidas.

Desinformação

Desinformação e até discriminação nas ruas são algumas das reclamações dos moradores da pequena comunidade onde a vítima, identificada como Márcia, morava com o marido, Deusdete de Souza.

"Quando fui buscar meus filhos no colégio hoje ouvi uma mulher dizendo que deviam isolar a gente. Isso é desrespeito. Cadê as autoridades que não aparecem para prevenir a doença? A gente vive em total abandono. E lógico que estamos preocupados. A Márcia tinha contato com todo mundo, era uma pessoa querida aqui. No velório, as mães foram até com seus bebês. E agora, o que devemos fazer? Ninguém tem dinheiro para pagar consulta particular", disse a moradora Antonia Moreira, alertando que muitas pessoas têm se queixado de gripe e febre na comunidade.

Vírus A (H1N1)

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