Segundo TJ, na próxima semana jovens serão ouvidas pelo juiz.
Elas estão presas desde segunda (27) em presídio na Baixada Fluminense.
Do G1, no Rio
Shanti (à direita) e Rebecca, as inglesas presas no Rio, usando quepes de policiais em uma festa na Inglaterra (Foto: AFP)
O juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Rio, manteve nesta quinta-feira (30) a prisão das inglesas Shanti Simone Andrews e Rebecca Claire Turner, de 23 anos, acusadas pela polícia de tentativa de estelionato. As informações são do Tribunal de Justiça.
Segundo o TJ, o juiz deverá intimar as turistas para uma audiência que deverá ser realizada na próxima semana. As inglesas podem cumprir pena de 1 a 5 anos de prisão pelo crime de estelionato.
Na quarta-feira (29), o promotor Juan Luiz Souza Vazquez ofereceu denúncia contra as inglesas e recomendou a continuidade da prisão e a não concessão do direito de fiança para as turistas.
As inglesas estão presas desde segunda-feira (27) na carceragem de Mesquita, na Baixada Fluminense. De acordo com o advogado das jovens, Renato Tonini, as turistas dormem no corredor da cela apenas com um lençol.
Promotor quer punições severas
Segundo o promotor, a punição para Shanti e Rebecca deve ser rígida para que se evite a fuga delas para a Inglaterra. Vazquez ressaltou que, apesar do advogado das jovens entregar os passaportes, as inglesas podem recorrer ao consulado do Reino Unido pedindo a emissão de um documento que autorize a viagem de retorno.
“A prisão é necessária, até porque não existe um acordo entre o Brasil e a Inglaterra que possibilite o cumprimento da pena no país de origem das turistas”, informou o promotor.
Vazquez explicou ainda que como elas são turistas e não possuem endereço fixo no Brasil, seria ainda mais difícil a Justiça localizá-las para entregar as intimações. As jovens, que afirmaram ser formadas em Direito, não apresentaram documentação que comprovasse o nível superior e por isso estão presas em uma cela comum.
Como aconteceu a prisão
Shanti e Rebecca foram presas após procurarem, na madrugada de segunda-feira (27), a Delegacia de Atendimento ao Turista (Deat) para relatar o furto de objetos pessoais. Os policiais desconfiaram da versão das inglesas e foram até ao albergue onde elas estavam hospedadas, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, e constataram que todos os itens estavam no local.
De acordo com o promotor, os documentos apresentados na delegacia mostraram que as jovens quiseram aplicar um golpe contra a seguradora das bagagens. Segundo ele, o valor dos bens declarados pelas jovens como furtados era compatível com o que elas iriam receber do seguro, uma quantia de um pouco mais mil libras, o que representa cerca de R$ 4 mil.
O advogado das inglesas alegou que houve um “mal-entendido” e que elas teriam se confundido ao relatar os itens furtados.
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