quarta-feira, 29 de julho de 2009

Justiça do Paraná diz que só três dos dez presos não podem voltar ao Rio

Juiz explica que, por lei, presos só ficariam em Catanduvas por um ano.
Ele diz que um dos presos do Rio já poderia pedir progressão de regime.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

Foto: Arquivo G1

Após desembarcarem no Rio de Janeiro, três presos foram mandados de volta a Catanduvas (Foto: Arquivo G1)

Atualmente, dez presos do Rio de Janeiro cumprem pena no presídio federal de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná. De acordo com o juiz Sérgio Fernando Moro, da Seção Federal de Execuções penais, por lei, somente três deles devem permanecer naquela instituição penal, três presos ainda estão tendo as fichas analisadas e já poderiam voltar ao Rio. Os outros três, Isaías da Costa Rodrigues (Isaías do Borel), Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (My Thor) e Ricardo Chaves de Castro Lima (Fu da Mineira), que na noite de terça-feira (28)foram enviados ao Rio após decisão da justiça federal, retornaram nesta quarta ao Paraná por causa de um recurso do estado do Rio.

Segundo o juiz no Paraná, os três já teriam condições de completar as penas fora de Catanduvas. O juiz disse ainda que o preso Cláudio José Fontarico (Claudinho da Mineira) também tem condições de cumprir o restante da pena no Rio, a partir de setembro.

Os presos que deverão permanecer no Paraná são: Márcio dos Santos Nepomuceno (Marcinho VP), Márcio José Guimarães (Tchaca) e Márcio Cândido da Silva (Porca Russa), segundo o juiz.
O juiz explicou também que por lei, os presos fluminenses só deveriam permanecer um ano - que pode ser prorrogado - no presídio de segurança máxima. Mas eles já estão em Catanduvas há dois anos e meio, desde o início de 2007.

Fichas analisadas

Ele disse ainda que os presos enviados na terça-feira (28) ao Rio tiveram suas fichas analisadas. Foram verificados o tempo de pena, o comportamento dos presos, a condenação por novos crimes e o grupo da Seção de Execuções Penais – formado por cinco juízes – decidiu que eles teriam condições de retornar ao Rio.
“O Isaías da Costa Rodrigues (Isaías do Borel), por exemplo, já cumpriu 18 dos 36 anos de pena. Ou seja, ele poderia até ter entrado com o pedido para a progressão de regime”, explicou Moro.

Em entrevista ao RiTV, o desembargador Luiz Zveiter, presidente do Tribunal de Justiça do Rio, disse que só no dia 27 ficou sabendo da transferência dos presos. Segundo ele, Isaías estava previsto para chegar no dia 30, outros dois presos não tinham data para retornar e o restante seria enviado ao Rio até o final do ano.
No entanto, segundo o juiz Sérgio Moro, da Seção Federal de Execução Penal do Paraná, a justiça do Rio foi informada no dia 3 de julho.

Desde a abertura de Catanduvas, 12 presos do Rio foram enviados para cumprir pena no presídio. Segundo o juiz, um deles já foi devolvido e outro morreu.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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