quarta-feira, 29 de julho de 2009

Médica é detida por não dar leito em hospital público para paciente

Superintendente diz que outras 118 pessoas aguardam leitos em hospitais.
Paciente deverá ser tranferida nesta tarde para hospital municipal.

Do G1, no Rio, com informações da Tv Globo

A médica Ana Murai, coordenadora de plantão na Central de Regulação do hospital do Iaserj, foi detida nesta quarta-feira (29) por não cumprir decisão da justiça que determinava a transferência de uma paciente internada em uma clínica particular na Ilha do Governador, no subúrbio, para o hospital do Iaserj, no Centro.

A médica foi liberada ainda pela manhã, após prestar depoimento na 5ª DP (Mem de Sá). Na delegacia, Ana contou que não autorizou a transferência da paciente Maria Elza da Silva, de 64 anos, porque não havia leito disponível no hospital que pertence a rede estadual de saúde.

“Eu não cumpri o dela não porque não quis. Eu não cumpri porque eu não pude cumprir. Eu não tinha leito disponível para esta paciente, se eu tivesse leito disponível tinha cumprido o mandado para todas as pacientes, mas eu não tenho os leitos”, disse a médica.

Família entrou com pedido na justiça

Maria Elza foi internada na Casa de Saúde Santa Maria Madalena no sábado (25), após sentir dificuldades para respirar. Os médicos da clínica particular colocaram equipamentos do CTI no quarto da paciente, mas mesmo assim teriam orientado a família a fazer a tranferência para um hospital de grande porte.

Ao ser informada no domingo (26) que não havia leitos disponíveis na rede pública, a família entrou com o pedido na Justiça para conseguir uma vaga.

No início da tarde desta quarta-feira, o superintendente da Central de Regulação de leitos do Estado, Carlos Alberto Charles, prometeu transferir a paciente para o Hospital municipal de Acari, no subúrbio.

Charles, que acompanhou o depoimento de Ana Murai na delegacia, teria dito que o estado de saúde de Maria Elza não era tão grave. O superintendente disse ainda que outras 118 pessoas aguardam por um leito em hospitais da rede pública.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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