segunda-feira, 13 de julho de 2009

Polícia vai impedir bailes nas áreas onde eles provocarem violência

Cristiane de Cássia, Rafael Galdo e Isabel Kopschitz

RIO

O cerco aos bailes funk na cidade será maior a partir de agora. A Polícia Militar irá proibir a realização dos eventos em áreas consideradas violentas, como já acontece na Cidade de Deus e no Morro Dona Marta, onde há unidades pacificadoras. A repressão terá como base as estatísticas de criminalidade do local e as informações de moradores que participam das reuniões comunitárias mensais nos batalhões da PM.

O objetivo da medida anunciada ontem é reduzir crimes que acontecem nas imediações dos bailes, e resultam em mortes, além de evitar a venda de drogas. No sábado, ao tentar coibir um baile no Morro dos Macacos, que reuniria traficantes, a polícia foi recebida a tiros. Durante o confronto, três pessoas morreram - entre elas, uma moradora que chegava em casa após uma festa infantil -, e seis ficaram feridas.

- A polícia tem identificado que muitos assaltos que acabam com a morte da vítima vêm ocorrendo em áreas próximas a bailes funk, um pouco antes ou depois dos eventos. Os criminosos roubam carros quando chegam ou saem das festas e agem com uma violência desproporcional a qualquer pequena reação da vítima. Por isso, é preciso coibir os bailes irregulares que acontecem nesses lugares - explicou o major Oderlei Santos, relações públicas da PM.

O anúncio das proibições foi feito após o enterro do cabo do Bope Ênio Roberto Santos Santiago, de 38 anos, no final da manhã de ontem no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. Ele foi baleado, na sexta-feira, ao reagir a um assalto na Tijuca. O comandante da PM, Mário Sérgio Duarte, compareceu ao sepultamento.

Extra Online

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