quinta-feira, 9 de julho de 2009

Novo comandante quer plano emergencial para ter mais PMs nas ruas

Coronel Mário Sérgio prometeu mudança na estrutura da corporação.
Comando da maioria dos batalhões será mexido.

Aluizio Freire Do G1, no Rio

O novo comandante da Polícia Militar, coronel Mário Sérgio Duarte, vai adotar um “plano emergencial” e mudar os comandos intermediários dos batalhões até a próxima sexta-feira (10) para colocar mais policiais nas ruas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (8), em entrevista coletiva, logo depois de assumir o cargo.
O oficial disse ainda que pretende promover uma grande mudança no papel ostensivo da polícia. “Vamos transformar essas estruturas de poder, com gordura burocrática, em serviço público”, anunciou, garantindo que irá mexer também na maioria dos comandos de batalhões.
“Vai ser uma ampla movimentação nos comandos das unidades. Posso estimar em 70% essas trocas. Queremos colocar pessoas que possam se adequar às funções. Conheço as potencialidades e limitações de cada um deles”, disse.
Ele afirmou que vai mudar o comando de cinco dos seis comandos intermediários (Baixada, Zona Oeste, Niterói, Norte Fluminense e Sul Fluminense) até sexta-feira e reorganizar um sétimo, para cobrir a Região Serrana. O coronel Marcus Jardim será mantido, por enquanto, no 1º Comando de Policiamento da Capital.
Na entrevista, ele apresentou o coronel Álvaro Garcia e Carlos Eduardo Millan como os novos titulares do Estado-Maior; o coronel Carlos Eduardo Milagres para a chefia de gabinete do comandante; o coronel Carlos Rodrigues, que assume a Corregedoria; e Paulo Henrique Azevedo de Moraes, que chefia o gabinete da segurança do Tribunal de Justiça, para comandar o Batalhão de Operações Especiais (Bope).

Estilo 'caveira'

Foi com seu estilo “Caveira”, apelido que ganhou desde que comandou o Bope,  a tropa de elite da corporação, que Mário Sérgio estabeleceu prazo de uma semana para que seus subordinados mais próximos, Garcia, Millan, Milagres e Carlos Rodrigues, apresentem um relatório com a "radiografia da corporação" para que ele identifique o efetivo que poderá movimentar.
O novo comandante prometeu reforçar e centralizar a estrutura da corregedoria para “torná-la mais eficiente e ágil”. “Os julgamentos de casos mais graves não devem ser feitos na mesma unidade do policial. A hipótese de isenção é menor. E a corregedoria deve ser um órgão central”, disse, acrescentando que as delegacias de polícia judiciária serão transformadas em departamentos auxiliares.
Sobre as propostas de que “a Polícia Militar precisa de renovação”, explicou: “Não podemos ficar engessados na questão de antiguidade. Gestão é competência, é resultado. Respeitamos a antiguidade, mas antiguidade não é posto”.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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