terça-feira, 14 de julho de 2009

Novo comandante do Bope toma posse

POR ADRIANA CRUZ, RIO DE JANEIRO

Rio - Em cerimônia fechada à imprensa, o tenente-coronel Paulo Henrique de Azevedo Moraes tomou posse como comandante do Batalhão de Operações Especiais (Bope), em substituição ao tenente-coronel Roberto Pinheiro Neto, nomeado assessor especial do comando-geral da PM.

Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

Tenente-coronel Paulo Henrique Moraes durante a posse | Foto: Fabio Gonçalves / Agência O Dia

O secretário Mariano Beltrame esteve na posse, mas saiu assim que a solenidade terminou. Já o comadante-geral, coronel Mário Sérgio, não compareceu à cerimônia.
Após a solenidade, o tenete-coronel disse que o Bope vai trabalhar integrado com os batalhões próximos as vias expressas (Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela) para realizar operações nas favelas que cercam essas vias. O objetivo é ajudar a reduzir a criminalidade nesses locais que passam milhares de pessoas por dia.
Segundo o tenente-coronel Paulo Henrique, operações como a realizada nesta madrugada, no Parque Alegria, próximo a Avenida Brasil, serão feitas a "qualquer momento ou dependendo da demanda do Batalhão."
"As informações da população são fundamentais para ajudar a polícia nessa caçada. Muitos dados importantes vem da sociedade e devem continuar vindo para garantirmos a proteção do cidadão", disse o novo comandante do Bope, lembrando que a população deve ligar para o número 2334-3989.
Ainda de acordo com o tenente-coronel Paulo Henrique Moraes, as buscas pelos bandidos que balearam e mataram o cabo do Bope Ênio Roberto Santiago, na última sexta-feira, na Tijuca, vão continuar.


BLOG DA SEGURANÇA: "Meu coração nunca deixou de ser caveira"


Longe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) há 14 anos,  Paulo Henrique Azevedo de Moraes, de 43 anos, atualmente 'comandava' na Diretoria Geral de Segurança do Tribunal de Justiça do Rio (TJ) uma tropa de 600 agentes - destes, 80 PMs - que trabalham em todos fóruns do estado.
Primeiro colocado da turma de cinco oficiais do Rio de 1990 - outros quatro formados eram de Santa Catarina -, o caveira garante que não ficou surpreso com o convite do comandante-geral da PM, Mário Sérgio de Brito Duarte.
"Somos poucos, há apenas dois tenentes-coronéis à disposição", explica o oficial que tem 24 anos de polícia. O afastamento da corporação desde 1997 ficou longe de ser transformado em empecilho.
"Fiquei longe das unidades, mas não do serviço de polícia. Só no fórum central recebemos em média 120 presos por dia. Quinta-feira, tivemos 153 presos" argumenta.
O oficial carrega no currículo cursos de instrutor de tiros, segurança de autoridades, ciências contábeis, políticas públicas de segurança e pós graduação em estratégia, os últimos três feitos na Universidade Federal Fluminense (UFF).

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