quinta-feira, 9 de julho de 2009

Morte de René Senna não foi praticada por amadores, diz promotora

Sentença deve sair na madrugada desta quinta-feira (9).
As informações são do Tribunal de Justiça do Rio.

Do G1, no Rio

No terceiro dia do julgamento de dois ex-seguranças de René Senna, a promotora Priscila Naegele Vaz, do Tribunal do Júri de Rio Bonito, afirmou, na noite desta quarta-feira (8), que o assassinato do milionário não foi praticado por amadores. Segundo ela, Adriana Ferreira Almeida, viúva do milionário, contratou o ex-PM Anderson Silva de Sousa porque ela sabia que ele era um matador de aluguel.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), o outro acusado, o funcionário público Ednei Gonçalves Pereira, seria amigo de Anderson e parceiro dele no crime.

Em nota, o TJ reproduziu a fala de Priscila Vaz aos jurados: “René foi morto com 52 anos de idade, com um tiro na nuca e três no rosto. Foi um crime covarde e bárbaro. Ele era lavrador de família humilde e, assim que ganhou o prêmio, a primeira medida foi contratar seguranças e morar no Recreio com o irmão Miguel”.
Ainda de acordo com o TJ, a previsão de duração dos debates é de mais nove horas. A sentença deve ser lida em plenário, durante a madrugada desta quinta-feira (9), pela juíza Roberta dos Santos Braga Costa, presidente do TJ de Rio Bonito.

Durante o julgamento, os dois acusados, segundo o TJ, se declararam inocentes.

Como foi o crime

Renné Senna, ex-trabalhador rural, ganhou R$ 52 milhões em um sorteio da Mega-Sena em 2005. De acordo com as investigações, Adriana Almeida seria a mandante do assassinato e teria contratado ex-seguranças para matar o marido. Renné foi assassinado a tiros em janeiro de 2007 na porta de um bar em Rio Bonito, Baixada Litorânea do Rio.

Segundo o delegado Ricardo Barbosa, as investigações apontam o ex-segurança Ednei Gonçalves Pereira como a pessoa que guiava a moto usada pelo assassino, e os policiais Ronaldo Amaral Oliveira e Marco Antonio Vicente como responsáveis por dar apoio aos criminosos em um carro. Janaína Oliveira Silva, mulher de Anderson Sousa e amiga de Adriana, teria ajudado no crime.
De acordo com a polícia, o crime teria sido motivado pelo medo da viúva de perder os 50% da fortuna do milionário. Quatro dias antes do crime, Renné, em consulta habitual ao gerente do banco, descobriu que Adriana havia sacado R$ 300 mil da conta conjunta do casal para comprar uma cobertura em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Rio.

Durante as investigações, policiais chegaram até o motorista de van Robson de Andrade Oliveira, que admitiu ser amante de Adriana, além de informar que a ex-cabeleireira planejava ir morar com ele na tal cobertura.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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