quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ex-vereador Jerominho nega ter envolvimento com transporte alternativo

O Globo

vereador  Jerônimo Guimarães Filho (Jerominho) sai algemado após audiencia na 4ª Vara do Fórum do Rio de Janeiro. 06/05/2008. Foto: Hipólito Pereira

RIO - O ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho, o Jerominho, negou, durante audiência na tarde desta terça-feira, ter qualquer envolvimento com o transporte alternativo e afirmou que só ouviu falar do grupo Liga da Justiça através da imprensa.

Além de Jerominho, seu filho Luciano Guinâncio Guimarães, Leandro Paixão Viegas, o Leandrinho Quebra-ossos, e Alcemir Silva, o Fumão, acusados de pertencerem à Liga da Justiça, foram interrogados pela juíza Alessandra de Araújo Bilac, da 1ª Vara Criminal de Campo Grande. A audiência era relativa ao processo em que eles são acusados de extorquir Juarez Marcelino Dutra, dono de dois veículos de transporte alternativo de Campo Grande, Zona Oeste do Rio.

Somente Alcemir afirmou ter envolvimento com transporte alternativo. Ele disse que trabalhava como fiscal de vans em Campo Grande anotando os horários de chegada e de saída dos veículos na garagem. Alcemir também foi o único que confirmou conhecer Juarez, que, segundo ele, pertencia à cooperativa que o contratou para o trabalho de fiscal.

Os réus afirmaram também que não se conheciam até serem presos, com exceção de Jerominho e Luciano, que são pai e filho.

Após a audiência, a prisão preventiva de Jerominho foi revogada. No entanto, ele não será solto, pois, em outro processo, foi condenado a dez anos de prisão por formação de quadrilha. A decisão da juíza se estende aos outros três acusados, que também não serão soltos por responderem a outros processos.

Segundo a denúncia do Ministério Público, desde 2005, os quatro acusados reuniam-se com o objetivo de extorquir motoristas e cooperativas de transportes alternativos de passageiros que atuam na Zona Oeste. Juarez Marcelino Dutra denunciou os acusados alegando ter sido obrigado a pagar R$ 44 para continuar circulando na região. Depois de fazer a denúncia, ele foi morto a tiros em Campo Grande.

Extra Online

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