sexta-feira, 5 de junho de 2009

Presidente de associação de vítimas diz que foi impedida de ver parentes

Ela perdeu o marido no acidente da TAM em 1996.
Air France informa que, por ora, só familiares têm acesso ao hotel.

Fabrício Costa Do G1, no Rio

 Foto: Fabrício Costa/G1

Foto: Fabrício Costa/G1

Sandra Assali é presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Foto: Fabrício Costa/G1)

A presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa), Sandra Assali, diz que tentou se encontrar com familiares das vítimas do voo 447 da Air France, nesta sexta-feira (5), em um hotel da Zona Oeste do Rio, mas teria sido impedida pela Air France de entrar na sala de convenções - onde se encontra a maioria dos parentes.

A assessoria de imprensa da Air France informou que, devido à situação especial, só os parentes das vítimas do voo 447 tem autorização para entrar na área restrita.

Cobertura completa: voo 447
“Vim trazer uma orientação em um primeiro momento. Tenho 12 anos de experiência nisso. Presenciamos mais de 40 acidentes aéreos, inclusive os da Gol e da TAM. Mas estou conversando com as pessoas aqui fora do hotel. Sempre tive acesso a todos. Agora está sendo diferente. Isso só prejudica. Estou querendo apenas ajudar”, reclamou
Além disso, Sandra Assali, que perdeu o marido em um acidente aéreo em 1996 - todos os passageiros que estavam no Foker 100 da TAM morreram -, lembrou que os parentes de vítimas têm um caminho árduo pela frente.
“Todos têm que saber que tem direito a receber um seguro obrigatório automático. Esse seguro viria pela França. Mas tem que chegar logo para ajudar as pessoas a contratarem advogados. A indenização nesses casos deve ser de 100 mil euros”, disse.

Relação de passageiros

A presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos (Abrapavaa) ressaltou também a importância de os parentes terem acesso à lista de passageiros fornecida pela empresa aérea francesa.
“Tem que haver uma relação oficial da Air France. As pessoas não deviam ter acesso aos nomes apenas pelos jornais e internet. A prova delas vai ser essa relação de passageiros”, garantiu.
De acordo com Assali, as famílias das vítimas do vôo 447 da Air France devem ser melhor orientadas. Por isso, ela divulgou um comunicado de três páginas com 14 itens para alguns parentes.
“Você tem que preservar as famílias, mas a Air France trouxe uma legislação da França. São regulamentos muitos rigorosos. A empresa tem sede em outro país. Mesmo que o processo corra lá fora, haverá necessidade de acompanhamento no Brasil”, afirmou.

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