quinta-feira, 18 de junho de 2009

Preço do pão pode subir 18% em julho

Previsão é de empresários do setor, que pedem redução de imposto

Rio - O preço do pão pode subir até 18% a partir do mês que vem. A previsão é do presidente da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Sergio Amaral, que cobrou ontem medidas por parte do governo federal para evitar o aumento. Este mês termina a redução de tarifas do produto, cuja matéria-prima, o trigo, é majoritariamente importada.

Amaral se reuniu ontem com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, para pedir a redução da Tarifa Externa Comum (TEC) que incide sobre o trigo importado dos países do Mercosul. Ele também defendeu a prorrogação da isenção de PIS e Cofins sobre o pão, que termina no dia 30 deste mês. “Os moinhos não têm como suportar o encarecimento do preço da matéria-prima”, advertiu Amaral.

Segundo ele, o preço da farinha de trigo pode subir 38%, enquanto o pão sofreria um reajuste entre 15% e 18%. Com isso, uma padaria que cobra R$ 0,30 pelo pão francês, por exemplo, elevaria o preço para R$ 0,35. Uma família que consome quatro pãezinhos por dia passaria a gastar R$ 6 a mais no fim do mês.

A pressão sobre o valor também seria exercida pela escassez do trigo, que está na entressafra. A Câmara de Comércio Exterior avalia hoje se baixa ou não a TEC. Já os demais impostos dependem de decisão do Ministério da Fazenda.

Ontem, fabricantes de veículos admitiram que há falta de muitos modelos no mercado porque consumidores se anteciparam por causa da redução de IPI. Eles previram que a situação se normalize em breve.

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