CBN, Diário de S.Paulo
SÃO PAULO - A polícia investiga a morte de uma menina de nove meses em Guarulhos, região metropolitana de São Paulo, por suspeita de tortura. Segundo a polícia, a criança foi levada pela mãe e pelo padrasto na manhã de domingo para o pronto socorro, onde chegou morta. Os médicos disseram à polícia que a menina tinha marcas de queimaduras de cigarro no pulso e no peito, hematomas na cabeça, uma costela quebrada, e dilatação na região genital.
Mãe e padrasto, ambos de 20 anos, disseram que a criança ficou sob os cuidados de duas amigas na terça e na quarta-feira, e que perceberam as queimaduras na quinta-feira, mas não levaram o bebê ao hospital porque parecia bem. Vizinhos do casal, no entanto, disseram à polícia, terem ouvido choro vindo da casa da menina horas antes dela morrer.
Os PMs tiveram que ir atrás do padrasto da criança, após questionarem sobre a mãe sobre o destino do companheiro.
- (Ela) Disse que ele havia saído para buscar um parente. O rapaz demorou mais de uma hora e nós fomos atrás dele - disse o cabo Marcelo Rodrigues Vicente.
O padrasto foi levado para o 7º Distrito de Guarulhos e contou a mesma versão da mulher, segundo os PMs.
As duas mulheres que cuidaram da criança também foram ouvidas pelos PMs. As duas afirmaram ter entregado a criança em perfeito estado.
- As duas disseram que têm como provar que cuidaram bem da menina, com testemunhas - disse o policial.
A mãe do bebê tem outra filha de quatro anos e está grávida de três meses. O pai da criança está na prisão e cumpre pena por tráfico de drogas.
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