terça-feira, 2 de junho de 2009

FAB encontra 5 km de destroços espalhados no Atlântico

Ministro da Defesa, Nelson Jobim, afirma não haver dúvidas de que destroços são do Airbus da Air France

POR ANDERSON COSTOLLI, RIO DE JANEIRO

Rio - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, visitou os parentes dos passageiros do Airbus 330, instalados no hotel Windsor, na Barra da Tijuca esta tarde. Após conversar com os familiares dos passageiros do voo AF447 da Air France, o ministro informou que um novo conjunto de destroços foi encontrado em uma faixa de 5 km de comprimento no meio do Atlântico por volta das 13 horas desta terça pelo avião Hércules KC-130 da Força Aérea Brasileira. "Não há dúvida que destroços encontrados são do avião", disse.

Foto: AFP

Um avião francês faz buscas pelos destroços na região apontada pelo radar

Jobim chegou ao Rio para se solidarizar e informar aos parentes dos passageiros sobre as circunstâncias de investigação do acidente. Em coletiva, Jobim afirmou que os destroços encontrados estão em área brasileira, portanto parte da investigação caberá ao governo brasileiro. Tanto a Força Aérea Brasileira (FAB) quanto a Marinha prosseguem nas buscas. "Foram encontramos metais e fios, materiais que compõem uma aeronave em uma faixa de 5 km. A investigação continua", afirmou ele.
>> FOTOGALERIA: Parentes vivem drama e tensão
Esta manhã foram encontrados os primeiros destroços (uma poltrona, uma boia e uma porção de querosene) em um outro local do Atlântico.

Três embarcações da Marinha do Brasil e três navios mercantes se dirigem ao ponto do Oceano Atlântico no qual foram avistados restos que podem ser do Airbus A330-200 da Air France. Segundo a Marinha, os três navios mercantes que circulavam pela região foram avisados para que desviassem sua rota e apoiassem as buscas do avião. Duas dessas embarcações já estão próximas ao local em que a FAB avistou os materiais.
Jobim afirmou também que a investigação, sobre circusntâncias da queda da aeronave, será feita pelo governo francês com a participação de outros governos, que têm cidadãos envolvidos da tragédia, inclusive o Brasil.

Caixa preta
Sobre as buscas pela caixa preta, o ministro informou que a dificuldade será muito grande. O local do acidente tem de dois a três mil metros de profundidade, o que atrapalha o trabalho de buscas pelo equipamento. "A informção técnica que eu tenho é que a caixa preta nao boia. Logo, terá que ser feita a busca detalhada e difícil no Atlântico", disse ele.

A lista com o nome dos passageiros que embarcaram no voo AF 447 da Air France deve ser divulgada pela companhia aérea nesta quarta-feira. Porém, alertou Jobim, a listagem pode não ser completa por ser  necessária a autorização prévia dos familiares para que os nomes sejam divulgados.

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