quinta-feira, 11 de junho de 2009

Casais apontam prós e contras de 'discutir relação' na internet

"DR" (discutir relação) por escrito evita discussões ou gera mal-entendidos.
Às vésperas do Dia dos Namorados, especialista diz como evitar gafes.

Daniella Clark Do G1, no Rio

 

Num tempo em que o número de pessoas acima de 16 anos que navegam na internet atinge 62,3 milhões – segundo dados do Ibope, divulgados em março – nada mais natural que este Dia dos Namorados seja marcado por torpedos carinhosos, buquês por e-mail, MSNs e outros recados – amorosos ou não – on line.

Mas nem tudo são apenas flores nesse ambiente cibernético. Boa parte dessa tribo passou a usar as ferramentas em tempo real também para discutir a relação. O G1 foi às ruas do Rio - veja o vídeo ao lado - para descobrir os prós e contras dessa “DR” por escrito. 
Se para alguns a mensagem ajuda a evitar maiores transtornos de uma discussão “in loco”, para outros nada supera o “olho no olho” e certas palavras por extenso podem ainda criar mal-entendidos.
“Eu e meu namorado já fizemos as pazes por e-mail. Um fica mandando e-mail pedindo desculpas e quando chega em casa já está tudo resolvido. Aí é melhor, né?”, conta a secretária executiva Luciane Hora.

“Eu prefiro falar pessoalmente do que por e-mail, mas se você quiser dar uma prévia é só adiantar o assunto por e-mail para ele”, brinca a analista de sistemas Andressa Cicone, de 28 anos.

Já a jornalista Lisane Braga, de 35 anos, conta que já discutiu com o namorado por e-mail e não aprovou o resultado.

“Acho que não tem nada melhor do que conversar frente a frente para a gente resolver essas coisas. A pessoa pode interpretar como uma grosseria ou de uma forma que você não queria”, conta.

Já o empresário Leonardo Rodrigues conta que prefere se comunicar pouco por e-mail com sua mulher Letícia.
“Ela até reclama que manda e-mail e eu não respondo. A gente fala só o básico”.

Levando fora por mensagem

Em 2007, uma pesquisa realizada pelo site Moneysupermarket.com revelou que 15% das 2,194 mil pessoas entrevistadas já levaram um fora por mensagem de texto ou e-mail.

Uma das vítimas desses “foras” eletrônicos foi o rapper Kevin Federline, que recebeu por celular, enquanto gravava um programa de TV, a notícia de que a cantora Britney Spears estava pedindo divórcio.

No ambiente de trabalho

E não é só no campo pessoal que e-mails e mensagens podem repercutir. A consultora Maria Elisabeth Guirao, especialista em etiqueta empresarial, conta que já foi chamada para ministrar um curso numa empresa em que uma funcionária, ao responder rispidamente e de mal-humor o e-mail de um fornecedor, quase rompeu o contrato entre as duas companhias.
“Ela respondeu de maneira ríspida e a pessoa que recebeu levou logo o assunto para o seu diretor. Era o melhor fornecedor da empresa e o contrato que tinham quase acabou por esse incidente. Fui contratada para dar um curso e mostrar o quanto é importante você ter controle emocional, ter etiqueta, na hora de enviar alguma coisa”, explica Maria Elisabeth, autora do livro “A etiqueta que faz a diferença nas empresas”.

Cabeça fria

Seja no trabalho ou ao discutir a relação, a dica de Maria Elisabeth  é não escrever uma linha sequer de cabeça quente. 
“O que você escreve fica muito mais marcado do que o que você fala”, diz Maria Elisabeth. “O ideal é escrever, deixar o texto um pouco de lado e depois voltar a ler de novo para avaliar melhor o que está sendo dito”.

Veja outras dicas da consultora para se comunicar melhor on line

Tome cuidado com a pontuação. Uma vírgula ou ponto de exclamação no lugar errado pode render mal-entendidos e dor de cabeça.
Tenha atenção extra ao campo do destinatário, para não copiar pessoas que nada têm a ver com o assunto da mensagem. Isso evita que e-mails pessoais, por exemplo, acabem sendo enviados para grupos de amigos ou até da empresa.
Caixa alta é sinônimo de GRITAR na internet. Passe ao largo do “Caps Lock”.
Na hora de enviar a mensagem, sempre limpe o cabeçalho dos e-mails anteriores. Isso evita que os nomes de outros destinatários, ou mesmo partes de conversas anteriores, sejam repassadas adiante.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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