quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Polícia não consegue prender suposto chefe do tráfico em ação na Zona Oeste

Matemático ganhou semiaberto, mas não voltou para prisão.
Operação teve um menor morto e veículos roubados apreendidos.

Do G1, no Rio, com informações da TV Globo

 

A operação feita na manhã desta quinta-feira (13) em favelas na Zona Oeste do Rio de Janeiro tinha como objetivo encontrar Márcio José Sabino Pereira, o Matemático. Segundo a polícia, ele é suspeito de ser o chefe do tráfico de drogas nas favelas de Senador Câmara. No entanto, Márcio não foi encontrado durante a ação.

O suspeito foi preso em 2004 e condenado a 12 anos de prisão. Ele fugiu em abril deste ano, quando ganhou o direito de trabalhar fora do presídio.De acordo com um documento da Vara de Execuções Penais, o emprego seria numa funerária no bairro de Realengo, mesma região onde atuaria na venda de drogas. Ele estava autorizado a sair às 6h da cadeia, e deveria voltar às 20h, mas nunca mais apareceu.

A operação também foi para prender pela prisão de uma mulher condenada a 30 anos de prisão por tráfico internacional de drogas. A prisão foi feita pelo serviço de inteligência da Polícia Civil.

Patrícia Fernandes Oliveira foi presa em Jacarepaguá, na Zona Oeste. Segundo os agentes, ela era a fornecedora de drogas de uma facção criminosa, e fugiu da prisão em dezembro, quando cumpria o regime semiaberto.

Mais de 200 agentes em operação

Na operação desta quinta, os principais acessos à favela foram cercados. Eram 250 agentes, dois helicópteros e carros blindados.

Perto da Estrada do Taquaral, os policiais subiram o morro. Tiros foram disparados. Pouco tempo depois, os agentes desceram o morro carregando um corpo. Era um menor de 16 anos. Segundo a polícia, ele reagiu atirando. De acordo com agentes, ele já tinha sido detido várias vezes por roubo.

Alguns moradores protestaram. Uma mulher chegou a ficar na frente do carro da polícia. Testemunhas contaram que outro grupo de moradores que fazia um novo protesto na estrada do Taquaral foi dispersado a tiros pela polícia.

No asfalto ficaram as marcas das balas e pedras usadas no protesto. Parte do comércio fechou. A ação policial foi realizada um dia depois da morte de Luiz Claudio da Silva, conhecido como Nono, durante uma operação da PM. Ele seria um dos chefes do tráfico na região. 
Quatro unidades municipais de saúde nos bairros de Bangu e Padre Miguel, fecharam durante a manhã por causa da intensa troca de tiros. Na operação foram apreendidas motos e carros roubados.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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