terça-feira, 25 de agosto de 2009

Central clandestina rendia R$ 125 mil à milícia

Rio - A central clandestina de TV a cabo estourada na tarde desta segunda-feira, em Guaratiba, na Zona Oeste, rendia cerca de R$ 125 mil mensais aos donos milicianos, já que contava com cinco mil assinantes, cada um pagando R$ 25 por mês. De acordo com o delegado Antonio Ricardo Lima Nunes, titular a Delegacia de Homicídios Oeste (DH-Oeste), a central pertence ao ex-sargento Francisco César Silva de Oliveira, o Chico Bala, e seu aliado Alexandre da Silva Monteiro, o Popeye, ex-soldado.

Segundo a polícia, o alto lucro foi o principal motivo da chacina ocorrida na tarde de sábado, onde os irmaõs Emerson Meireles, cabo, e Cleiton Meireles, soldado, ambos da Polícia Militar, executaram quatro pessoas dentro de um fusca e ainda balearam, de raspão na cabeça, Cleber dos Santos Moreira, guardador de automóveis que sobreviveu após se fingir de morto. Ele trabalhava cobrando as mensalidades do "gatonet" para um outro miliciano, conhecido apenas como Ricardo.

A central de gatonet foi encontrada em uma pequena casa cercada por um muro de madeira, no meio de um matagal na estrada da Ilha de Guaratiba, 1.355, durante uma ação de policiais da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD), da 43ª DP (Guaratiba) e técnicos da Net, que conseguiram localizar o local através de sinais emitidos pelos aparelhos. Segundo o delegado Eduardo Freitas, titular da DDSD, há uma disputa entre dois grupos de milicianos pela exploração dos serviços de gatonet na área.

Freitas contou que a casa foi encontrada vazia, mas com a central funcionando com 30 canais e 30 decodificadores, além de antenas de recepção da Sky e de fios. Os técnicos cortaram a distribuição do sinal para as casas dos assinantes e aprenderam a aparelhegem, considerada moderna. Um cadastro com cinco mil fichas de moradores, recibos de pagamento de mensalidades e outros documentos também foram apreendidos pela polícia.

O DIA ONLINE - RIO

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