domingo, 30 de agosto de 2009

Prefeitura conclui demolição de passarela em Ipanema

Trabalho levou cerca de sete horas e meia, neste domingo (30).
Segundo a Comlurb, devem ser retiradas 17 toneladas de entulho do local.

Do G1, no Rio

 

A demolição da passarela na Rua Visconde de Pirajá, em Ipanema, Zona Sul do Rio, terminou por volta das 14h30 deste domingo (30). A informação é Subprefeitura da Zona Sul. 

A demolição demorou cerca de sete horas e meia. O trabalho dos técnicos, no entanto, continuou com a remoção dos escombros. Segundo estimativa da Comlurb, devem ser retirados até o fim do dia oito caminhões com cerca de 17 toneladas de entulho.

O tráfego de veículos, que está interrompido na Rua Visconde de Pirajá, entre a Avenida Epitácio Pessoa e Rua Henrique Dumont, deverá ser liberado apenas às 19h, quando a via estará totalmente limpa.

De acordo com a prefeitura, o material retirado está sendo levado para o depósito da Secretaria municipal de Obras, em Irajá, Zona Norte. Mais de cem homens, entre funcionários da prefeitura, guardas municipais e garis da Comlurb, trabalharam na demolição. Aproximadamente 11 máquinas foram usadas.

Moradores comemoram demolição

Moradores de Ipanema, na Zona Sul do Rio, dizem estar aliviados com a retirada do arco e a demolição da passarela na Rua Visconde de Pirajá, neste domingo (30). Apesar da alegria, alguns gostariam que o Obelisco no local também fosse demolido.

Didier Calveto, moradora do bairro há 45 anos, diz que pagaria a demolição se fosse preciso. "Estou tão feliz que não me importaria em colocar dinheiro do meu bolso para a demolição”, conta.

Segundo a prefeitura, a obra custou R$ 30 mil ao município. Didier também gostaria que o Obelisco fosse retirado. “Para se construir um monumento é preciso haver um motivo. Esse não simboliza nada”, explica.

Para o militar Marcos Mendes, de 44 anos, a passarela não deveria nem ter sido construída. “Nos livramos de uma poluição visual sem sentido. A passarela ligava nada a lugar nenhum”, acredita.

Foto: Liana Leite/G1

Máquina derruba passarela em Ipanema (Foto: Liana Leite/G1)

A arquiteta Maria Eliza concorda com os vizinhos e deixou de ir à praia com os dois filhos para acompanhar as obras. "Ficamos curiosos para saber como seria feita a retirada da passarela", conta.

Mendigos à noite

O professor Raul Ballisto, de 48 anos, lembra que mendigos usavam a base da passarela para dormir. “Ficava perigoso durante a noite. Era mais um motivo de preocupação para os moradores”, explica.

O arquiteto Clóvis Pacheco, de 63 anos, também reclama da insegurança. “A passarela ficava exatamente em frente ao meu escritório. Além de ser uma poluição visual, era perigoso quando ainda existiam escadas nas duas laterais”, detalha. Clóvis também é a favor da retirada do Obelisco.

Demolição em três etapas

A demolição foi feita em três etapas. O primeiro passo foi a retirada da estrutura metálica azul, já concluída. Depois, os operários trabalharam na retirada da parte de concreto amarelo, que fica sobre a pista. A última etapa foi a retirada das pilastras de concreto na calçada.

A polêmica em torno da passarela começou antes mesma da construção. O obelisco e a passarela marcam o ponto onde termina o Leblon e começa Ipanema. Era ali que uma antiga linha do bonde costumava fazer a volta.

A construção do monumento era parte de um projeto de reurbanização - o Rio Cidade - que começou em 1993.
A obra, inaugurada três anos depois, foi motivo de polêmica entre alguns cariocas que eram contra. Ultimamente, moradores de Ipanema reclamavam da falta de manutenção da passarela.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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