sexta-feira, 28 de agosto de 2009

MP denuncia dois acusados de matar produtor de cinema em 1997

após 12 anos, investigação concluída

O promotor de Justiça do Núcleo de Apuração Criminal (NAC) do Ministério Público estadual Pedro Borges Mourão ofereceu denúncia, com pedido de prisão cautelar, contra dois suspeitos de terem matado o produtor de cinema Raul Correia Soares, assassinado com um tiro, em casa, em Botafogo, no dia 30 de agosto de 1997.

O caso, cuja apuração tramitava há 12 anos, foi impulsionado pelo NAC, a partir de diligências e da tomada de novos depoimentos. Na época, Raul co-dirigia o documentário “Os Nomes do Rosa”, sobre o escritor Guimarães Rosa.

Os denunciados 

 Rogério Soares, 28 anos, dançarino, e Evandro Santos Miranda, 38 anos, vendedor 

 
eram conhecidos de Raul e costumavam frequentar o apartamento dele. No dia do crime, eles subiram ao apartamento sem avisar, arrombaram a porta e surpreenderam o produtor, que foi baleado no ouvido. Testemunhas ajudaram na confecção dos retratos falados dos suspeitos, que acabaram sendo identificados. A denúncia foi recebida pelo juiz Fábio Uchoa Pinto de Miranda Montenegro, do 1º Tribunal do Júri da Capital.

Conhecido principalmente na década de 70, Raul Correia Soares era um grande amigo do jornalista Pedro Bial e dos cineastas Glauber Rocha e Antônio Calmon, que esteve no enterro de Raul na semana passada. Calmon esclareceu que não tinha informações que pudessem ajudar na elucidação do crime.

O NAC foi estruturado pelo procurador-geral de Justiça, Cláudio Lopes, para atuar nos inquéritos oriundos das Delegacias de Acervo Cartorário (Deacs) da Polícia Civil. Com a criação das Delegacias Legais, os inquéritos em apuração acabaram sendo transferidos para as Delegacias de Acervo Cartorário, que foram incumbidas de dar prosseguimento às investigações.

Devido ao grande número de casos —  cerca de 50 mil —  em abril de 2007 foi celebrado, entre o Ministério Público e a Secretaria estadual de Segurança, convênio que criou o Centro Integrado de Apuração Criminal (CIAC), formado por membros do Ministério Público e autoridades policiais, com a finalidade de resolver as dezenas de milhares de inquéritos que estavam nas Deacs. Entre maio de 2007 e maio de 2009, o número de inquéritos caiu para menos de 30 mil. Nesse período, foram oferecidas mais de 800 denúncias.

Caso de Polícia - Extra Online

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