segunda-feira, 24 de agosto de 2009

'Foi um susto', diz mãe de motorista que atropelou cavalo

Em casa, motorista diz que não lembra do acidente.
Na Avenida Brasil, segundo a Polícia Militar, houve 3 acidentes este ano.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio

 

"Foi um susto", desabafou Neusa Mansano, mãe do motorista Thiago Mansano, de 24 anos, que atropelou um cavalo na madrugada desta segunda-feira (24) na Avenida Brasil. De acordo com os bombeiros, ele estaria sem o cinto de segurança no momento do acidente.Com o impacto, o cavalo morreu.

Thiago quebrou três dentes e, depois de medicado no hospital, se recupera em casa. "A minha última lembrança é da saída da festa. Só fui acordar mesmo aqui em casa. Forçando a memória, tenho pequenos flashes do hospital", conta ele, que afirmou já ter visto animais na pista no local outra vezes.

Segundo a Polícia Militar, ainda que o jovem estivesse sem o cinto de segurança no momento do acidente, ele não será multado porque não foi flagrado pela polícia.

Animais procuram se aquecer no asfalto

De acordo com o inspetor da Polícia Rodoviária Federal, André Luiz Azevedo, as estatísticas apontam para um aumento de acidentes de carro envolvendo animais nessa época do ano.

“O animal busca o asfalto, que é mais quente do que a mata, e muitas vezes deita no asfalto. Como a maioria das estradas não têm iluminação, cria-se um cenário de perigo. O motorista tem que redobrar a atenção”, alerta ele.

Estatísticas

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), só nos primeiros quatro meses deste ano foram 30 acidentes semelhantes em rodovias do estado do Rio e 195 animais apreendidos na pista. Na Avenida Brasil, segundo a Polícia Militar, foram registrados outros três acidentes este ano.

Nas estradas federais do Rio, avisa Azevedo, há maior incidência em alguns lugares do interior do estado (70%). De acordo com as estatísticas da PRF, em 2008, a BR-040, que liga o Rio à Região Serrana, conhecida como Rodovia Washigton Luís, foi a recordista de apreensões de animais, com 23 ocorrências.

Punição

Os proprietários dos animais podem ser punidos. Nas vias administradas pelo estado ou município, segundo a Polícia Militar, o caso é registrado na delegacia e uma investigação é aberta para que o proprietário responda por abandono de animal.
Já nas áreas sob responsabilidade da PRF, quando apreendido, o animal recebe uma marca e os proprietários pagam multa. Se o mesmo dono tem um animal apreendido mais de um vez, ele perde o animal.

“Nas áreas metropolitanas, esses animais são de pessoas que os usam para locomoção e não têm condições de cuidá-lo. Na área rural, eles fogem por uma cerca quebrada. A responsabilidade é do proprietário, mas é muito difícil de comprovar”, afirma Azevedo.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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