segunda-feira, 24 de agosto de 2009

UFF investiga denúncia de trote violento na Faculdade de Direito

Universidade abriu uma sindicância para apurar o caso.
Caloura teria sido obrigada a fazer sexo oral em veteranos.

Do G1, no Rio

A Universidade Federal Fluminense (UFF) abriu uma sindicância nesta segunda-feira (24) para apurar uma denúncia de trote na Faculdade de Direito, segundo informou a assessoria da própria instituição. A denúncia partiu de uma caloura, que informou ter sofrido um trote violento na semana passada.

Segundo ela, os veteranos teriam dividido as calouras em "bonitas" e "feias" durante a brincadeira. Para se livrar da obrigação de pagar o valor de R$ 250, destinado à tradicional chopada, as "bonitas" teriam sido levadas para uma sala onde deveriam fazer sexo oral em oito veteranos do curso. A aluna que fez a denúncia contou que conseguiu se livrar do trote, mas, escandalizada com a situação, resolveu denunciar o caso à reitoria.

A comissão que investiga o caso deve ouvir outros alunos para verificar a veracidade da denúncia. Se for confirmada, os culpados podem levar uma advertência ou até ser expulsos da instituição. O resultado deve sair em, no máximo, 30 dias.

Em nota oficial, a UFF informou que repudia trotes deste tipo e lamenta que alunos de má índole tenham este comportamento. Diz a nota: "A UFF repele os trotes que geram constrangimento, violência e discriminação, assim como os que obrigam os alunos a se humilharem para arrecadar dinheiro nas ruas".

Trote cultural

Na tentativa de mudar o perfil da "brincadeira" imposta aos calouros, a UFF criou, há oito anos, o projeto Trote Cultural. A atividade foi adotada pela maioria dos cursos, inclusive o de direito, e recebe os calouros com campanhas socioculturais de incentivo à cidadania, como exibição de filmes, doação de roupas, brinquedos e material de limpeza, e também recolhimento de lixo nas praias.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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