quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Bandidos queriam vingar Daniella Perez

Glória Perez revela que recebeu cartas de bandidos que se ofereciam para matar assassinos de sua filha

Rio - Em entrevista à revista ‘Trip’, a autora da novela Caminho das Índias, Glória Perez, revelou que, em 1993 — logo depois de sua filha Daniella ser morta pelo ator Guilherme de Pádua e sua mulher na época, Paula Thomaz —, recebeu ofertas de criminosos para executar o casal como vingança pelo crime. Segundo ela, bastaria dizer um código em alguma entrevista para que os bandidos matassem o casal.

Foto: Banco de imagens

Glória diz que não aceitou ofertas por querer justiça, e não vingança

“O que eu tive de oferta pra liquidar os dois assassinos... Tenho até cartas de uma facção de dentro da cadeia, dizendo que bastava que eu dissesse determinada palavra durante qualquer uma das entrevistas que dava na TV para que eles fossem mortos. Eu não disse essa palavra! Estive sempre atenta para não dizer”, contou Glória à revista.

A novelista contou a O DIA que as ofertas de bandidos foram de várias partes do Brasil, não só do Rio. “Havia tanta gente disposta a acabar com os criminosos, que o juiz mandou mantê-los na prisão até o julgamento. Não teria sentido nenhum ficar identificando ninguém a essa altura. Simplesmente não aceitei nenhuma das ofertas. Guardo as cartas, sim, mas jamais as entregaria para ninguém”, afirmou

Apesar de afirmar que teria compreendido uma mãe que tivesse esse impulso, Glória disse que nunca foi movida pela vingança. “Quis justiça. Vingança seria aceitar qualquer dessas ofertas. Não fiz isso. O que eu quis é que fossem julgados e ficassem presos pelo tempo a que foram sentenciados. Ninguém fica nesse pais, eles também não ficaram”, criticou.

Daniella Perez foi morta ao 22 anos, com 18 facadas, pelo seu colega de elenco na novela ‘De Corpo e Alma’, Guilherme de Pádua, e sua mulher, Paula Thomaz. Em 1997, Guilherme foi julgado e condenado a 19 anos de prisão, e Paula a 18 anos e seis meses — mais tarde sua pena foi reduzida a 15. O casal ficou preso por sete anos, cumprindo o restante da pena em liberdade.

O DIA ONLINE - RIO

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