sábado, 11 de julho de 2009

Clientes de boate na Barra são agredidos por seguranças

Um levou vários pontos no rosto e o outro teve o nariz quebrado

POR MAHOMED SAIGG, RIO DE JANEIRO

Rio - Dois frequentadores que estavam na Boate Barra Show, que funciona dentro do Parque Terra Encantada, na Barra da Tijuca, Zona Oete, denunciaram ter sido agredidos por seguranças da casa, na madrugada deste sábado.

Foto: Osvaldo Praddo / Agência O DiaMarcelo e Carlos Eduardo foram atendidos no Hospital Lourenço Jorge. Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

O auxiliar de escritório Marcelo Andrade Barbosa de Castro, 27 anos, teve o nariz quebrado depois de levar um soco enquanto tentava acalmar uma discussão entre um casal de namorados. Já Carlos Eduardo Aguiar da Silva, de 24 anos, sofreu cortes no supercílio e no queixo, também depois de ser agredido pelos funcionários do estabelecimento. Os dois foram levados para o Hospital Lourenço Jorge, no bairro, onde foram medicados, e seguiram para a 16ª DP (Barra), onde registraram a ocorrência.
Agressões em pontos diferentes da casa
Com quatro pontos no supercílio e dois no queixo, Carlos Eduardo contou que foi agredido quando conversava com um segurança para tentar voltar à área VIP da boate, de onde havia acabado de sair.
"Estava na área VIP e conversei com o segurança, que me deixou sair para ir ao banheiro. Quando voltei, o segurança havia sido substituído por outro, que mesmo após eu mostrar a pulseira distribuída somente aos frequentadores da área VIP, não queria me deixar entrar. No momento em que tentava convencê-lo, fui imobilizado por um outro segurança, que me agarrou pelo pescoço. Nesta hora, o segurança com o qual eu estava falando me agrediu com um soco no olho.
Quando acordei já estava do lado de fora da festa e ferido", desabafou Carlos Eduardo. Socorrido por amigos que
estavam na mesma boate, ele seguiu para a delegacia, mas for orientado a ir ao hospital para ser atendido e obter laudo médico.
Em outro ponto da mesma boate, Marcelo, que estava apartando um briga de casal, disse que no momento da agressão tentava acalmar o namorado paraplégico da amiga que comemorava aniversário, pois ele estava muito irritado com um homem que havia 'passado a mão' na moça.
"Estava conversando com eles, quando de repente um grupo de seguranças chegou e um deles me agrediu. Ele me deu um soco no nariz e eu caí no chão. Nesta hora, fui cercado por outros cinco seguranças que só não me bateram mais porque o irmão da minha amiga os impediu". Com o nariz sangrando muito, o rapaz saiu da boate e ligou para amigos que foram ao seu encontro e chamaram a polícia. O rapaz fará uma cirugia para recuperação do nariz na segunda-feira.
'Amigo' da boate tenta evitar presença da polícia
Era a primeira vez que os feridos iam àquela boate. Enquanto aguardavam a chegada de agentes do 31º BPM (Recreio dos Bandeirantes), Marcelo e os amigos foram abordados por um homem que se identificou como capitão Franklin, que dizia ser amigo da boate. Ele tentou convencer os rapazes a não registrar o caso, dizendo que tudo poderia ser resolvido no momento em que os funcionários agressores fossem identificados e demitidos.
O grupo ainda procurou um homem que seria o gerente da boate. No entanto, segundo eles, ele disse que a casa não tinha qualquer responsabilidade sobre o fato, uma vez que o serviço de segurança era terceirizado.

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