Autoridades sobrevoaram o local do acidente, em Vila Isabel.
Uma pessoa continua internada em estado grave.
Do G1, no Rio, com informações da TV Globo
Técnicos da Defesa Civil e da Fundação Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro (Geo-Rio) descobriram, nesta sexta-feira (19), novas rachaduras na pedreira que desmoronou em Vila Isabel, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Pela manhã, eles retornaram ao condomínio para analisar a qualidade do solo.
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Na tarde de quinta-feira (18), várias casas do condomínio foram atingidas por toneladas de pedras no desmoronamento. Quatro pessoas ficaram feridas e uma continua internada em estado grave.
Durante a vistoria desta sexta, os técnicos interditaram 17 casas e uma rua que ficam em frente à pedreira. O secretário municipal de Obras, Luiz Antonio Guaraná, o presidente da Geo-Rio, Marcio Machado, e o prefeito Eduardo Paes sobrevoaram a região de helicóptero.
Os fiscais fizeram sondagens geológicas e geotécnicas para identificar os motivos do acidente e determinar as providências necessárias para evitar novos desmoronamentos. Segundo eles, ainda há riscos de deslizamento.
“Visualmente, nós podemos perceber que a encosta está fragmentada, que há fissuras e, provavelmente, algum outro material vai se desprender, mas acreditamos que não nesta quantidade”, disse o coronel Sérgio Simões, coordenador da Defesa Civil.
O secretário municipal de Obras anunciou que será criado no Rio de Janeiro um novo programa de inspeção de encostas.
Condomínio já tinha sido notificado, diz Geo-Rio
A Geo-Rio informou que, em 1996, o condomínio foi notificado para construir um muro de contenção, mas que mesmo que a obra tivesse sido feita, o acidente não poderia ter sido evitado por causa da grande quantidade de pedras que desmoronaram.
Cinco casas foram parcialmente destruídas pelas pedras. Outras, embora não tenham sido atingidas, segundo a Defesa Civil, estão no raio de projeção, caso ocorra novo deslizamento de pedras. Muita gente aproveitou esta sexta-feira para retirar objetos de casa.
A síndica Janete Nogueira de Sá confirmou que o condomínio foi notificado em 96, mas afirmou que o serviço foi feito.
“Nós fizemos essa área toda cercada, com alambrado, todo de ferro. Várias placas, mas devem estar aí submersas as outras placas, esses laguinhos até lá embaixo, no caso de deslizamento de pedra, essas pedras morreriam aqui, só que nós não contávamos com uma catástrofe dessas né, de pedras tão gigantescas”, declarou a síndica.
Morador continua internado em estado grave
O morador Reinaldo Ferreira Guimarães, de 72 anos, que teve fratura nas duas pernas, foi operado e continua internado no Hospital do Andaraí. Segundo o hospital, o estado de saúde dele é grave e não há previsão de alta.
A Geo-Rio informa que só atua em áreas particulares quando solicitada pelos proprietários. Nesse caso, os técnicos realizam vistoria e indicam o que deve ser feito. Se houver necessidade de obra ou qualquer outra intervenção, a responsabilidade é do proprietário.
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