quarta-feira, 3 de junho de 2009

Submarino que encontrou Titanic tentará resgatar caixa-preta

Rio - O submarino francês não-tripulado Nautile, usado em operações de busca das carcaças do Titanic, deverá participar do resgate dos destroços do voo 447 da Air France. O Nautile, que também ajudou nas buscas pelo petroleiro Prestige, que causou um desastre ecológico na Europa em 2002, está sendo levado para o local onde os destroços do avião foram vistos, a cerca de 700 quilômetros de Fernando de Noronha, pelo navio francês Pourquoi Pas.

Foto: Divulgação

Mancha de óleo é visível no local do acidente | Foto: Divulgação

O submarino robô é equipado com braços motores e pinças e pertence ao Instituto Francês de Pesquisas para a Exploração do Mar (Ifremer, na sigla em francês). Ele deve integrar as operações de busca a pedido do governo francês.
Veja o vídeo feito pelo submarino do Titanic no fundo do mar

Outro vídeo feito pelo submarino:

O Nautile foi o primeiro submarino a alcançar a carcaça do Titanic, que estava no fundo do mar desde 1912, depois que o navio foi detectado por sonares franceses no Atlântico Norte. Desde o início de suas operações, em 1984, o Nautile já realizou mais de 1,5 mil trabalhos de busca. O submarino pode mergulhar a profundidades de até 6 mil metros.
O ministro francês dos Transportes, Jean-Louis Borloo, solicitou que o navio Pourquoi pas, em missão nos Açores, se dirija imediatamente ao local das buscas para ficar à disposição do núcleo de coordenação do Estado Maior das Forças Armadas da França.
O Pourquoi Pas deve chegar à área em oito dias, disse o porta-voz do Estado Maior das Forças Armadas da França, comandante Christophe Prazuck. A missão do Pourquoi Pas é tentar localizar e recuperar as caixas pretas do avião da Air France.
Com esse navio equipado de robôs submarinos e do Nautile, que pode ser ocupado por dois pilotos e um observador, o governo francês quer reforçar os meios mobilizados na realização das buscas.
Caixas pretas
O objetivo prioritário é recuperar as caixas pretas do avião, que emitem sinais durante 30 dias. Para isso, a primeira tarefa será localizar de maneira mais precisa a possível área onde o aparelho caiu, afirma Olivier Lefort, diretor de operações navais do Ifremer.
Segundo Lefort, a área em que foram encontrados destroços do avião vai servir de ponto de partida para calcular o possível o ponto de impacto da nave.
Quando a área em que estão as caixas pretas for localizada, o que pode ocorrer inclusive com a utilização de um sonar, os dois equipamentos a bordo do Pourquoi Pas, o submarino Nautile e o robô Victor, devem ser acionados para recuperá-las.
Na avaliação do diretor do Ifremer, o Nautile, equipado com um sonar lateral, é melhor adaptado às operações de localização, já que o submarino é ocupado por dois pilotos e um observador. "O olho humano tem maior precisão do que as câmeras de vídeo e de foto do robô", afirma Lefort.
Mas tanto o Nautile quanto o robô não podem serrar a fuselagem do avião, se for necessário.
Com informações do Terra

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