sexta-feira, 19 de junho de 2009

PRF flagrou na Dutra carro de mulher suspeita de matar engenheiro

Registro feito cerca de três horas após o crime foi anexado ao processo.
Juiz decretou prisão preventiva de Alessandra.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

              Foto: Divulgação/PRF

Polícia Rodoviária registrou carro que estaria sendo usado por Alessandra seguindo pela Via Dutra (Foto: Divulgação/PRF)

Uma foto anexada ao processo que investiga a morte do engenheiro Renato Biasotto, reforça a suspeita de que a mulher dele, Alessandra Ramalho D´Ávila Nunes - que teria confessado o assassinato - fugiu para São Paulo.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o registro da passagem de um veículo com as mesmas características do carro usado por Alessandra, ao deixar o prédio onde vivia o casal foi encaminhado através de ofício, na segunda-feira (15), ao delegado Carlos Augusto Nogueira da 16ª DP (Barra da Tijuca). A PRF ficou atenta ao carro após o alerta dado pela Polícia Civil.

O registro mostra que um Pajero com a placa LAH-6843 passou pela Rodovia Presidente Dutra (BR-116) cerca de três horas após o crime às 9h07 do dia 13 de junho. O carro foi flagrado pelas câmeras entre os quilômetros 217 e 227, na Serra das Araras, na pista sentido São Paulo.

Acompanhante pode responder por favorecimento

Embora a PRF tenha flagrado o carro de Alessandra saindo do Rio e se dirigindo a São Paulo, o delegado disse, nesta sexta-feira (19), que tem informações de que ela estaria no Rio.
O delegado afirmou ainda que analisou a imagem e identificou uma outra mulher no banco do carona. “Essa pessoa, que vamos identificar, vai responder por favorecimento ao crime”, explicou, acrescentando que já tem idéia de quem é a acompanhante de Alessandra. Na imagem, segundo ele, não dá para ver se a criança estava no carro.
Carlos Augusto disse também que estranhou, durante conversa com o advogado da acusada, quando negociava a apresentação de sua cliente desde que fosse revogado o pedido de prisão temporária, tenha prometido entregar o passaporte de Alessandra.
“Comentei com ele que fiquei impressionado que uma pessoa que matou o próprio marido tenha levado o passaporte no momento da fuga. Ou seja, ela sempre se municiou de um instrumento que possibilitasse fugir”, disse. O delegado afirmou que o advogado não voltou a procurá-lo.
Segundo Carlos Augusto, a faca usada no crime foi encontrada atrás de uma televisão, colocado de forma “cuidadosa, ou seja, escondida”. Inicialmente, havia a informação de que a faca teria sido jogada no corredor.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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