quinta-feira, 4 de junho de 2009

Fragata com helicóptero chega ao local de acidente do 447

De acordo com Marinha a famílias, ele pode resgatar objetos no mar.
Ainda segundo familiares, não teriam sido encontrados novos destroços.

Alícia Uchôa Do G1, no Rio*

A fragata Constituição, da Marinha brasileira, com um helicóptero a bordo, chegou nesta quinta-feira (4) ao local do acidente com o avião da Air France, que caiu no Oceano Atlântico no último domingo (31). A informação foi passada pela assessoria de comunicação social do 3º Distrito Naval, no Recife, ao G1. Antes, oficiais da Marinha já haviam falado sobre isso com os parentes de vítimas no centro de acolhimento da empresa por oficiais da Marinha.

Cobertura completa do voo 477

A embarcação saiu de Salvador na segunda-feira (1º). Segundo nota da Marinha, o navio dispõe de uma aeronave Lynx.

“Pelo que nos disseram, este helicóptero tem autonomia de voo de quatro horas e pode patrulhar uma área de cerca de 200 milhas, além de voar até a 100 km/h”, contou o advogado Marco Túlio Moreno, filho de José Gregório Moreno e Maria Teresa Marques, desaparecidos no voo 447.
De acordo com Moreno, segundo as informações da Marinha, não foram encontrados novos destroços desde a manhã de quarta-feira (3), mas a aeronave tem capacidade de resgatar objetos que possam aparecer no mar.

‘Estamos de mão atadas’, diz advogado

Contra o movimento de familiares que pretendem seguir para Recife para tentar acompanhar as buscas de perto, Moreno afirmou não ter a intenção de ir ao local do acidente. “As buscas são responsabilidade do Brasil, mas as investigações são da França. Não acredito que objetos que possam ser encontrados vão ser entregues às famílias, mas, sim, aos investigadores”, ponderou Moreno.
Para ele, parentes no local iriam ocupar postos e aviões que devem ser ocupados por reforços nas buscas, por pessoas especializadas. Ainda não há, segundo ele, como pensar em indenização. “Estamos de mão atadas. Não se sabe se estão mortos ou se estão boiando num bote pelo oceano, ou ainda numa ilha. A gente só pode pensar nisso quando as buscas cessarem e tivermos um documento de presunção de morte”, explicou o filho das vítimas.
Moreno afirma ainda que a falta de um atestado de óbito dificulta até na marcação de uma missa de sétimo dia. “A minha família deve fazer um oração e por os nomes numa missa comum”, disse.

Missas

Nesta manhã, um ato ecumênico em homenagem aos passageiros acontece na Igreja da Candelária, no Centro do Rio.

Na sexta-feira (5), uma outra solenidade em homenagem aos passageiros do 447 deve acontecer na Igreja Nossa Senhora do Carmos, às 18h, também no Centro da cidade.

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