terça-feira, 16 de junho de 2009

Delegado não acredita em versão de legítima defesa para morte de empresário

Viúva teve prisão pedida e está foragida.
Vítima foi morta a facadas em seu apartamento na Barra.

Alba Valéria Mendonça Do G1, no Rio

O delegado Carlos Augusto Nogueira Pinto, da 16ª DP (Barra da Tijuca), que investiga a morte do empresário Renato Biasotto, diz que não acredita na versão de legítima defesa apresentada pela viúva Alessandra Ramalho D’Ávila, através de seu advogado Mário de Oliveira Filho. O empresário foi esfaqueado e morreu na portaria do prédio onde morava com a mulher na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, no sábado (13).

“Ela pode se entregar a qualquer momento, mas enquanto isso não acontece, continuamos as buscas para prendê-la. A defesa alega que ela tentou se defender das agressões do marido. Mas isso não muda o meu entendimento. Não há indício algum que aponte para um caso de legítima defesa. Quero saber em que circunstâncias os golpes de faca foram dados”, disse o delegado.
Nogueira contou que o corpo de Biasotto também apresentava pequenas escoriações, mas que só o laudo da perícia poderá dizer se foi uma tentativa ou não do empresário se defender do ataque da mulher.
Quanto ao suposto exame de corpo de delito que Alessandra teria feito num laboratório particular, o delegado diz que não sabe se poderá aceitá-lo.
“Ele é válido entre aspas. Pode ser que as lesões que ela alega ter sofrido do marido tenham ocorrido justamente no momento em que ela estava tentando golpeá-lo”, disse o delegado, que registrou o caso como homicídio qualificado.
O advogado de Alessandra disse que pretende entrar com um pedido de revogação da prisão de sua cliente na tarde desta terça-feira (16).

Corpo do empresário será cremado

O corpo do empresário será cremado num cemitério no Rio de Janeiro. Segundo Eduardo Pedrosa, amigo da vítima, a data ainda não foi divulgada, já que a família ainda espera a chegada de uma irmã do empresário, que mora na Austrália.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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