terça-feira, 23 de junho de 2009

Brasil e Estados Unidos discutem o combate à pedofilia na internet

Em 2 anos, triplica o número de denúncias sobre pornografia infantil.
Pais devem acompanhar sites acessados pelos filhos.

Do G1, no Rio, com informações do Jornal Nacional

 

Representantes do Brasil e dos Estados Unidos discutiram nesta segunda-feira (22) formas de combater um crime sem fronteiras, que preocupa milhões de pais, ou, pelo menos, que deveria preocupar: a pedofilia na internet.

Veja o site do Jornal Nacional

Quem deixaria hoje em dia o filho brincando sozinho num parque ou numa praça? Ninguém, claro. A internet levou essa preocupação com segurança para dentro de casa.

Os pais têm motivos pra ficar atentos. É que as denúncias de abuso contra crianças e adolescentes com uso da rede mundial de computadores não param de crescer.
Os irmãos Gabriel, Victor e Miguel voltam da escola para casa juntos. Atravessam a rua com toda a atenção e não falam com estranhos. Cuidados da vida real que se estendem para a vida virtual. Os meninos têm internet liberada, mas o pai está sempre de olho.
“A preocupação maior é com sites de relacionamento. Não abrir nada que eles não conheçam, qualquer coisa que fuja àquilo que eles estão acostumados, que eles procurem a orientação de um adulto tanto aqui em casa quanto na escola”, disse o educador Luiz Augusto Sardinha.
Em dois anos, triplicou o número de denúncias de páginas na internet com pornografia envolvendo crianças. Pelo menos 25 delas se confirmam todos os dias e são encaminhados ao Ministério Público pela Safer Net, uma ONG que combate esse tipo de crime. Segundo a Safer Net, em 2006 foram 31 mil denúncias, aumentando em 2007 para 63 mil e em 2008 para 94 mil.
Os envolvidos acreditam que vão ficar escondidos atrás da tela do computador. Felizmente, um engano.
“A internet nos oferece ferramentas de identificação dessa pessoa, que cada vez mais estão sendo aprimoradas”, disse a promotora de Justiça Ana Lúcia Melo.
Técnicas de investigação que estão sendo discutidas no Rio por juízes, promotores, policiais, além de integrantes do FBI, a Polícia Federal Americana. Eles trabalham em parceria, mas não dispensam uma ajuda fundamental: a dos pais.
“Eles devem saber onde que seus filhos estão na internet, com quem eles conversam? É realmente conhecer o seu filho. Não é uma intrusão para seu filho, na vida social ou na privacidade do seu filho, é realmente uma proteção para o seu filho”, disse o adido do FBI no Brasil, David Brassanini.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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