segunda-feira, 15 de junho de 2009

Advogado de mulher do empresário morto diz que ela é autora do crime

De acordo com ele, suspeita agiu em legítima defesa.
Crime ocorreu no sábado (13) na Barra da Tijuca, na Zona Oeste.

 

O advogado Mário Oliveira Filho, que defende Alessandra Ramalho D'Ávilla, de 35 anos, suspeita de matar o marido no último sábado (13), disse no início da noite desta segunda-feira (15) que a suspeita é a autora do crime. A declaração foi dada na 16ª DP (Barra da Tijuca). 

No entanto, de acordo com o advogado, a suspeita agiu em legítima defesa. Ele contou que, no dia do crime, o empresário estaria embriagado e agressivo, e teria tentado enforcá-la com uma gravata. Para se defender, ela teria pegado uma faca e desferiu o golpe para se defender.

De acordo com Mário Oliveira, a suspeita contou que o empresário também teria agredido o filho do casal, de 5 anos. O advogado contou ainda que, na fuga, Alessandra jogou a faca no corredor do prédio, e saiu com seu filho de carro. Ela teria ido até a 15ª DP (Gávea) para registrar a ocorrência, mas a delegacia, na ocasião, estava lotada, e ela preferiu ir para um lugar seguro, não revelando para onde fugiu.

Polícia divulga imagens de circuito de prédio

Agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca) divulgaram as imagens gravadas pelo circuito interno do prédio de luxo, onde o empresário e engenheiro eletricista Renato Biasotto Mano Jr., de 52 anos, foi morto a facadas. O vídeo mostra o momento da fuga de sua mulher, Alessandra Ramalho D’Ávila, 35, principal suspeita do crime. Ela já é considerada foragida da Justiça.

O delegado analisou as imagens, que considerou “ruins”, mas que mostram o carro de Alessandra saindo em alta velocidade da garagem. No local, ele também identificou manchas de sangue, que seriam da vítima, em direção ao carro dela, e, em seguida, até a portaria, onde o engenheiro morreu.
“Não tenho mais dúvidas sobre a autoria. Só se houver uma grande reviravolta que mostrem outros acontecimentos e novas provas. Mas, até agora, ela é a principal suspeita”, disse Nogueira.

Segundo o delegado, suas convicções foram reforçadas pelo fato de a arma do crime não ter aparecido, além da mulher da vítima ter fugido, não procurar socorro e sequer um advogado ir à delegacia para negociar seu depoimento.
“Ninguém ligou. Portanto, ela já é considerada foragida”, afirmou. Carlos Augusto disse ainda que está procurando um registro de agressão, feito na delegacia, para confirmar a versão de que Alessandra teria jogado um cinzeiro no marido.

Comemoração de Dia dos Namorados

Eduardo Pedrosa, amigo da vítima, contou que ele e a mulher foram recebidos pelo empresário e Alessandra na noite de sexta (12), para comemorar o Dia dos Namorados.

“Eu sai às 2h30 da manhã, estávamos em total felicidade, fizemos uma bagunça legal, dançamos, eu, minha mulher e o casal. Saímos daqui e estava tudo na mais perfeita harmonia”, contou.

 Foto: Dório Victor/G1

O corpo do empresário foi retirado do prédio por volta das 12h40 (Foto: Dório Victor/G1)

Eduardo disse ainda que, segundo o porteiro do prédio, por volta de 6h, Renato chegou à portaria pedindo ajuda. Ele tinha um ferimento no peito, cortes no rosto e estava sangrando muito. O porteiro chegou a avisar a mulher de Renato, que mesmo assim teria saído de carro com o filho, de 5 anos.

O casal de amigos e o porteiro já foram ouvidos pela polícia. A perícia também já esteve no local do crime.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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