segunda-feira, 8 de junho de 2009

Justiça decide fechar o último presídio em funcionamento no Centro do Rio

Mais de 700 presos cumprem pena no Presídio Hélio Gomes.
Prédio deve ser demolido, diz governo estadual.

Do G1, no Rio, com informações do RJTV

 

A Justiça determinou, nesta segunda-feira (8), a desativação do Presídio Hélio Gomes, o último que funcionava no complexo penitenciário Frei Caneca, no Centro do Rio de Janeiro. O governo estadual já estudava fechar a unidade e demolir as instalações. Numa vistoria, o juiz constatou as condições precárias do prédio onde mais de 700 presos cumprem pena.
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Atrás do complexo penitenciário Frei Caneca estão as favelas da Mineira e de São Carlos. De um lado fica um prédio abandonado que foi invadido, do outro, estão as antigas cadeias que foram desativadas. O secretário de Administração Penitenciária do Rio, César Rubens Monteiro, disse que vai cumprir o que for determinado pela Justiça.
O juiz da Vara de Execuções Penais foi ao presídio conferir denúncias de abandono do prédio. Ferros, escombros, entulhos e até arame farpado foram abandonados no pátio. Redes foram improvisadas na fachada da unidade. Segundo a direção do presídio, alguns moradores jogavam celulares, drogas e até armas para dentro da cadeia.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), pedaços de ferro das grades das celas foram serrados. Parte da fiação do presido também está exposta. Os presos usam fios soltos numa resistência para esquentar a água, numa espécie de microondas improvisado num balde.
As paredes da área interna da prisão estão tomadas por infiltrações. Em vários pontos o vazamento já tem tantos anos que formou buracos, deixando canos expostos. Parte do concreto que deveria segurar as trancas no interior das paredes já não existe mais.
Apesar da situação encontrada no Presídio Hélio Gomes, o governo estadual informou que existe um estudo para avaliar o melhor destino para o terreno, e que o prédio deve ser mesmo demolido.

G1 > Edição Rio de Janeiro

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